Berna (Suíça) - Fiquei satisfeito com a tomada de posição em São Paulo, do Luis Fernando Veríssimo, no Salão dos jornalistas escritores, dizendo que a imprensa brasileira de hoje é de direita.
Não foi o primeiro a dizer isso, mas, com seu peso e em alta voz, é um dos primeiros. É verdade, compomos hoje uma reduzida minoria, entrincheirada em alguns bolsões da mídia brasileira, onde alguns abnegados disparam e-mails que circulam entre blogs, sem causar grandes preocupações na grande imprensa.
A esquerda não tem acesso aos grande jornais, às rádios e à televisão brasileiros. Enquanto isso, a direita dispõe seus canhões voltados para Brasília com o objetivo – ainda sem sucesso – de indispor o povo com o governo. O resto não interessa.
Veríssimo falou que, no passado, ou seja, há coisa de 40 anos, a maioria dos jornalistas era de esquerda, ou seja, optava por bandeiras sociais de defesa da população e reunia toda gama do pensamento de esquerda, desde os cristãos progressistas aos comunistas e trotskistas.
.
Esses jornalistas não podiam escrever claramente suas idéias, mas sua simples presença impedia o descaramento da direita pura e dura, como é hoje o caso da Veja. Se atualmente não existe nenhum órgão de esquerda, tirando-se as pequenas tiragens do que se chamava e ainda se pode chamar de jornalismo nanico, havia no passado, nada distante, secretários e diretores de jornais que faziam barragem ao diktat dos detentores do stablishement.
Samuel Wainer, criador da Última Hora, populista de esquerda; Cláudio Abramo, dirigindo o Estadão e depois a Folha; Mino Carta denunciando a ditadura militar e forçando a abertura, enquanto o grupo dos jornalistas da Realidade, como ficaram conhecidos, lançava as bases de um jornalismo sério, de pesquisa e de preocupação social. Sérgio de Souza, Hamiltinho estão hoje na barricada da Caros Amigos mas seu público leitor é reduzido, o isolamento levou a um radicalismo e vice-versa.
Os jornalistas perderam sua segurança no emprego, essa também uma das razões pela direitização da profissão. A mídia empresa descobriu como aviltar a classe, seja explorando a vaidade de alguns, seja amedrontando a maioria com o desemprego.
Fazer-se notar como dissidente é demissão certa. Os baixos salários, mantidos pela troca constante dos mais velhos por estagiários e recém-formados, forçando quem tem experiência a se tornar assessor de imprensa agravou o quadro.
.
A expressão “jornalista independente” que poderia designar um jornalismo maduro e seguro é a demonstração de sua fraqueza – os jornalistas independentes, pagando como autônomos suas contribuições para a aposentadoria, arcando com seus seguros-saúde, sem garantias, não passam de frilas, ou estressados obrigados a aceitar qualquer pagamento por suas matérias.
A esquerda não tem acesso aos grande jornais, às rádios e à televisão brasileiros. Enquanto isso, a direita dispõe seus canhões voltados para Brasília com o objetivo – ainda sem sucesso – de indispor o povo com o governo. O resto não interessa.
Veríssimo falou que, no passado, ou seja, há coisa de 40 anos, a maioria dos jornalistas era de esquerda, ou seja, optava por bandeiras sociais de defesa da população e reunia toda gama do pensamento de esquerda, desde os cristãos progressistas aos comunistas e trotskistas.
.
Esses jornalistas não podiam escrever claramente suas idéias, mas sua simples presença impedia o descaramento da direita pura e dura, como é hoje o caso da Veja. Se atualmente não existe nenhum órgão de esquerda, tirando-se as pequenas tiragens do que se chamava e ainda se pode chamar de jornalismo nanico, havia no passado, nada distante, secretários e diretores de jornais que faziam barragem ao diktat dos detentores do stablishement.
Samuel Wainer, criador da Última Hora, populista de esquerda; Cláudio Abramo, dirigindo o Estadão e depois a Folha; Mino Carta denunciando a ditadura militar e forçando a abertura, enquanto o grupo dos jornalistas da Realidade, como ficaram conhecidos, lançava as bases de um jornalismo sério, de pesquisa e de preocupação social. Sérgio de Souza, Hamiltinho estão hoje na barricada da Caros Amigos mas seu público leitor é reduzido, o isolamento levou a um radicalismo e vice-versa.
Os jornalistas perderam sua segurança no emprego, essa também uma das razões pela direitização da profissão. A mídia empresa descobriu como aviltar a classe, seja explorando a vaidade de alguns, seja amedrontando a maioria com o desemprego.
Fazer-se notar como dissidente é demissão certa. Os baixos salários, mantidos pela troca constante dos mais velhos por estagiários e recém-formados, forçando quem tem experiência a se tornar assessor de imprensa agravou o quadro.
.
A expressão “jornalista independente” que poderia designar um jornalismo maduro e seguro é a demonstração de sua fraqueza – os jornalistas independentes, pagando como autônomos suas contribuições para a aposentadoria, arcando com seus seguros-saúde, sem garantias, não passam de frilas, ou estressados obrigados a aceitar qualquer pagamento por suas matérias.
NOTÍCIA COMPLETA EM :
Nenhum comentário:
Postar um comentário