O jornalista angolano José Lelo foi detido em Cabinda por militares locais sob acusação de alegada «instigação à rebelião» naquela região de Angola, confirmou esta segunda-feira à agência Lusa um activista cívico de Cabinda.
A detenção teve lugar na quinta-feira passada e, segundo o porta-voz da antiga Associação Cívica de Cabinda, «Mapalabanda», Raul Danda, foi sustentada por um mandado de captura.José Lelo, colaborador da rádio Voz da América, que actualmente trabalhava apenas para uma empresa petrolífera na localidade de Malongo, foi interceptado, segundo descreveu Danda, por um grupo de militares chefiado pelo comandante da Força Aérea de Cabinda.
O jornalista terá sido acompanhado, para além do oficial da Força Aérea, por um outro oficial superior do Tribunal Militar de Cabinda, estando actualmente na cadeia de São Paulo, em Luanda.
«Os militares apresentaram no momento da detenção um mandado de captura, mas é estranho, porque quem deveria efectuar a detenção eram elementos afectos à investigação criminal e não as Forças Armadas Angolanas», salientou Raul Danda.
De acordo com o activista cívico, José Lelo vivia com dois filhos, um de sete anos e outro de três, e a mulher, de quem estava separado, «apenas foi informada para recolher os menores que estavam sob responsabilidade do pai».
«Na sexta-feira alguém terá ligado para a mulher para que fosse buscar as crianças, porque o seu ex-marido havia seguido para Luanda em serviço. Quando, afinal, ficámos a saber que o mesmo se encontrava preso na cadeia de São Paulo», na capital angolana, afirmou Danda.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter mais informações sobre a detenção de Lelo junto da polícia angolana.
Cabinda é uma região no Norte de Angola, conhecida pela significativa extracção petrolífera e onde decorre, há décadas, um conflito separatista entre o estado angolano e a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC).
Em 2006, o governo de Luanda e a FLEC assinaram um memorando de entendimento que visa o restabelecimento da paz no território.No entanto, o documento não é reconhecido por uma ala «rebelde» da FLEC, liderada por Nzita Tiago...
O jornalista terá sido acompanhado, para além do oficial da Força Aérea, por um outro oficial superior do Tribunal Militar de Cabinda, estando actualmente na cadeia de São Paulo, em Luanda.
«Os militares apresentaram no momento da detenção um mandado de captura, mas é estranho, porque quem deveria efectuar a detenção eram elementos afectos à investigação criminal e não as Forças Armadas Angolanas», salientou Raul Danda.
De acordo com o activista cívico, José Lelo vivia com dois filhos, um de sete anos e outro de três, e a mulher, de quem estava separado, «apenas foi informada para recolher os menores que estavam sob responsabilidade do pai».
«Na sexta-feira alguém terá ligado para a mulher para que fosse buscar as crianças, porque o seu ex-marido havia seguido para Luanda em serviço. Quando, afinal, ficámos a saber que o mesmo se encontrava preso na cadeia de São Paulo», na capital angolana, afirmou Danda.
A Lusa tentou, sem sucesso, obter mais informações sobre a detenção de Lelo junto da polícia angolana.
Cabinda é uma região no Norte de Angola, conhecida pela significativa extracção petrolífera e onde decorre, há décadas, um conflito separatista entre o estado angolano e a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC).
Em 2006, o governo de Luanda e a FLEC assinaram um memorando de entendimento que visa o restabelecimento da paz no território.No entanto, o documento não é reconhecido por uma ala «rebelde» da FLEC, liderada por Nzita Tiago...
Diário Digital/Lusa
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