quarta-feira, 14 de novembro de 2007

MAIORIA DOS ANGOLANAOS DESEPERA SEM SABER SE A DIPANDA CHEGARÁ .


Ser gerado com fome, nascer com fome, morrer com fome continua a ser a sina da maioria do povo… desde 11 de Novembro de 1975. Mas Luanda continua linda.


Angola. 11 de Novembro de 1975. Independência. Desde sempre sob a égide do MPLA, mau grado um Governo de Unidade e Reconstrução Nacional que, nos últimos anos, mascara a opção democrática. «Honrar e declarar o nosso amor por Angola assume um carácter solene e especial» disse um dia José Eduardo dos Santos. É isso mesmo. Angola merece, e para isso conta com certeza com o apoio e a solidariedade de todos os lusófonos, ser feliz. Assim saibam os angolanos, sobretudo eles, declarar e honrar o amor pela sua Pátria (ver também crónica de Eugénio Costa Almeida). Agora já não há desculpas. José Eduardo dos Santos já não pode repetir o discurso de que a guerra «destruiu a base produtiva com a qual contávamos para assegurar o conforto material de todos os cidadãos». Numa coisa Eduardo dos Santos tem razão: «apesar de ser um flagelo que destrói quase tudo, a guerra não foi capaz de quebrar a nossa fé num futuro melhor e também não conseguiu abalar a convicção que temos de que Angola é maior do que as adversidades e que a Pátria se realiza na união e no trabalho dos seus filhos, cada vez mais empenhados no firme compromisso para com a paz e a reconciliação nacional». Há cinco anos o presidente da República dizia que «neste 11 de Novembro não é somente a reafirmação da nossa autodeterminação que se põe em relevo. O que celebramos é também a abertura de um novo ciclo histórico que se realiza em situação de paz». Será que o novo ciclo se abriu mesmo?


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