quarta-feira, 24 de outubro de 2007

PORTUGAL - JUSTIÇA E POLÍTICA: IMPÉRIOS BABILÓNICOS.


ESCUTAS QUE NEGAM... MAS QUE AS HÁ, HÁ!


A máquina da Justiça e o que lhe é correlativo sempre fez lembrar ao meu avô um Império Babilónico com muitos senãos ocultos e suspeições suspensas, em vez de jardins.Não raras vezes comentava que devia ter seguido psiquiatria, em vez de direito, porque considerava fazer parte de uma máquina que era de loucos. Onde tudo havia em abundância salvo a raridade de honestidade como ele a entendia."Direito serve para tudo menos para psiquiatria" - costumava ele dizer-me quando me queria aconselhar no curso a seguir - "os loucos não acreditam em nós."

Ele justificava que não é difícil a um advogado exercer medicina porque com o seu verbo fácil convencerá o doente de que já está curado!Pensando bem, actualmente dou-lhe muitíssima razão. Reparemos que a substantiva maioria dos nossos políticos vêm da correlação direito-justiça...E o país está como está.

Pois, pudera!.Queixa-se o PGR dessa mesma máquina quando fala em escutas telefónicas...Fala-se com enorme alarido que escutas telefónicas, em Portugal, fazem-se por atacado, a eito. Que se abusa da liberdade de fazer escutas telefónicas por dá cá aquela palha!Pois, se assim é, diria que filho de peixe sabe nadar e que já devem ter passado os anos de nojo que guardamos por via do salazarismo e da PIDE-DGS, do Tribunal Plenário, etc.Diria que estes tecnocratas enfermam de um novo virus pidesco - que afinal assola o mundo e invade-nos a privacidade a pretexto de qualquer Big Brother.Fazem-se escandalizados uns, desdramatizam outros, o PGR Pinto Monteiro continua na dele e Rangel vem dar-lhe força. Falta saber o que é que isto vai dar...Falta? Qual quê!Tudo ficará em águas de bacalhau porque a farinha é do mesmo saco. Acontece que existem uns quantos grãos que ainda não estão devidamente moídos, mas logo que o fiquem nem se dará por eles.Tudo ficará em bem. O país, apesar de doente, quase putrefacto, voltará a ser convencido de que está de perfeita saúde - como dizia o meu avô..
Mário Motta/
Portugal Directo

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