Razão? Clima de insegurança que paira no país. Será Miala o “culpado”, tal como em Maio de 1977 “foi” Nito Alves?
O presidente angolano solicitou, na sua mais recente visita a Cuba, a ajuda das autoridades daquele país no sentido de enviarem tropas para Angola devido ao clima de insegurança que paira sobre o território nacional desde a altura da exoneração, e consequente detenção do antigo director dos Serviços de Inteligência Externa (SIE), Fernando Garcia Miala e seus adjuntos que há cerca de um mês se encontram a cumprir uma pena de quatro anos de prisão na Unidade Penitenciária de Viana (UPV) por terem cometido o crime de desobediência, segundo as autoridades. Por Jorge Eurico O pedido de Eduardo dos Santos, segundo fonte do Notícias Lusófonas em Luanda, terá tido o assentimento das autoridades cubanas que, desta forma, poderão enviar, com a maior discrição possível, tropas cubanas para Angola nos próximos meses.
O envio de tropas de Fidel Castro para Angola poderá acontecer numa altura em que se estuda em Luanda a hipótese de extinguir o Serviço de Informações (Sinfo), um organismo em que, de acordo com a nossa fonte, o grau de descontentamento e de desconfiança elevou-se desde que, em Fevereiro de 2006, Fernando Garcia Miala e pares caíram em desgraça. Recorde-se que o presidente angolano efectuou uma visita de três dias a Cuba durante os quais manteve encontros com o vice-presidente do Conselho de Estado e de Governo de Cuba, o general Raul Castro Ruz, bem como com o próprio Fidel Castro que se encontra a convalescer. Durante a visita, delegações ministeriais e de peritos dos dois Estados trabalharam na preparação dos acordos e protocolos de entendimentos a serem rubricados. Integraram a comitiva presidencial, os ministros da Relações Exteriores, João Bernardo de Miranda, da Energia e Águas, Botelho de Vasconcelos, das Obras Públicas, Higino Carneiro, da Saúde, Rubem Sikato, da Educação, António Burity da Silva, e o embaixador de Angola em Cuba, José Condessa de Carvalho "Toka". Fizeram igualmente parte da comitiva altos funcionários da Presidência da República, o secretário de Estado para o Ensino Superior, Adão Gaspar do Nascimento, os vice-ministros da Cultura, Virgílio Coelho, Hotelaria e Turismo, Paulino Baptista, da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, e especialistas das diversas instituições do Estado angolano. Em declarações à imprensa, à sua chegada no Aeroporto Internacional "José Marti”, José Eduardo dos Santos, que se faz acompanhar da primeira dama, Ana Paula dos Santos, defendeu a revisão dos moldes de cooperação com Cuba para o bem dos dois povos, adequando-as às mudanças havidas nos últimos 20 anos.
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