Sete acordos entre os governos de Brasil e Angola e uma parceria na área de biocombustíveis serão assinados durante a visita do presidente Lula a Luanda, capital angolana, este mês.
Na avaliação de Luciano Macieira, há mercado em Angola tanto para o petróleo quanto para os biocombustíveis, e o governo do país africano lusófono quer diversificar suas matrizes energéticas.
Macieira se negou a revelar os nomes das empresas envolvidas no negócio, limitando-se a informar que se trata de uma estatal angolana e de uma empresa privada brasileira. O desenvolvimento do setor álcool-açucareiro interessa aos angolanos não só por causa do etanol, mas também pela possibilidade de aumentar a produção de açúcar.
No ano passado, por exemplo, a Angola comprou do Brasil US$ 94 milhões em açúcar, segundo artigo mais importante na lista de exportações brasileiras para o país, depois dos automóveis.
Além da parceria em biocombustível, os acordos a serem firmados por Luanda e Brasília, durante a segunda visita do presidente brasileiro a Angola, nos dias 18 e 19 próximos, referem-se às áreas de educação, prevenção e controle da malária, formação profissional e científica, mecanismos de consultas políticas e cooperação diplomática.
INVESTIMENTOS
A Petrobras, segundo o diplomata, estará representada na delegação empresarial que acompanhará Lula com o objetivo de ampliar a sua atuação na Angola na área petrolífera. O chefe do DAF 2 adiantou à Lusa que a Eletrobrás e o governo angolano também estão avaliando um projeto hidroelétrico na bacia do rio Cunene, na fronteira com a Namíbia.
Uma possível parceria não deverá, entretanto, ser anunciada durante a próxima visita de Lula, pois os estudos de viabilidade ainda estão sendo realizados. Atualmente, mais de 30 empresas brasileiras operam em Angola, entre elas as gigantes Petrobras e Vale do Rio Doce, Odebrechet, Andrade Gutierrez e Furnas.
"Angola é o país da África onde há o maior número de empresas brasileiras", assinalou Luciano Macieira, adiantando que os investimentos do Brasil naquele país superam US$ 400 milhões.
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