"A independência de Angola, que primeiro se declarou dependente da vontade de todas as populações, rapidamente se tornou uma decisão ditatorial e irreversível do Governo de Lisboa. As notícias da Metrópole eram tão más que os melhores portugueses do que foi a maior província de Portugal compreenderam que nada podiam esperar desse lado. E o Dr. Mário Soares declarava então, para quem o queria ouvir, que os nossos soldados abririam fogo contra os brancos do Ultramar que tentassem qualquer aventura. Mas há outra realidade ainda mais importante: e é que os brancos de Angola foram torpemente levados de engano em engano, precisamente porque os vendilhões da Pátria sabiam que a sua reacção seria inevitável, se em tempo oportuno pudessem imaginar o que lhes viria a acontecer. Todos os governantes de então declaravam que Angola era um caso especial. O general António de Spínola disse que a escolha do governador-geral de Angola era mais importante do que a nomeação do primeiro-ministro. E ainda hoje não somos capazes de compreender porque deu ouvidos aos emissários do MPLA, que vieram a Lisboa caluniar o general Silvino Silvério Marques, e substituiu esse homem íntegro, leal e sabedor por uma criatura tão reles e tão comprometida com os comunistas, como o almirante Rosa Coutinho. Muito mais se poderia aqui dizer sobre a maneira covarde e nojenta como foram ludibriados os bons portugueses de Angola. Mas acrescentaremos apenas que o próprio general Costa Gomes afirmou bem alto estar convencido de que Angola continuaria portuguesa e várias vezes tranquilizou amigos íntimos, assegurando-lhes que os brancos seriam sempre consultados e tudo se faria para conservar aquela terra ligada à Metrópole da melhor forma possível. Foi neste deslizar de engano em engano que os brancos de Angola, ainda com soldados portugueses e autoridades portuguesas naquela terra, chegaram até à situação de se verem inteiramente dependentes dos movimentos de libertação, que tinham ocupado todas as posições abandonadas pela nossa tropa no Norte da província e já em princípios de 1975 faziam em Luanda tudo quanto lhes apetecia, agredindo, incendiando e roubando, à vista da polícia e dos nossos soldados, alguns dos quais eu vi chorar de raiva, porque os não deixavam fazer-se respeitar. Com o decorrer do tempo as nossas Forças Armadas, sobretudo o Exército, ficaram tão infiltradas por elementos comunistas, propositadamente enviados de Lisboa, que assistiam, sem um gesto, a toda a espécie de infâmias praticadas contra os brancos. E no que respeita à defesa das valiosíssimas estruturas da economia angolana, comportavam-se com a mesma indiferença."
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Um comentário:
Na minha condição de Português, humilde de condição, mas orgulhoso do passado –que diria distante – apenas pelo tormento que estes últimos anos, e já são 33, nos têm obrigado a viver, de tantas experiências negras, que nada têm que ver com os Feitos Heróicos que os nossos Maiores nos legaram, daria o meu contributo nestas breves linhas, que me perdoem os que discordando com o essencial, porque estarão na posse da verdade, até porque alguns, foram testemunhos oculares do holocausto pós independências:
- Á excepção da cegueira comunista, secundada seus pelos apoiantes, alguns, os principais, que nos venderam irremediavelmente aquela doutrina, contra a qual o Dr. Salazar sempre lutou, muitos previam que da entrega dos Territórios Ultramarinos, resultaria para ambos, Continente e Ultramar, maiores dificuldades, independentemente da sua condição ou etnia.
E á medida que se iam conhecendo os seus autores, maior era a certeza dos gravíssimos problemas que resultariam desse negócio que foi a fragmentação da Nação, até aí "Pluricontinental, Plurirracial, Una, Indivisível e Inalienável".
Já em 1961, quando a mesma questão se colocou e SALAZAR, optou pelo "Para Angola e em Força". Estava na linha de actuação do nosso Presidente do Conselho, a defesa de Portugal, o desenvolvimento económico e social de todas as Províncias Ultramarinas, a fim de em tempo devido, colocar à consideração dos naturais e obviamente restante população que fez crescer aquelas Terras, que tipo de ligação, seria a desejada em relação à Metrópole. A autodeterminação, não seria possível em 1961, como não foi possível em 1974. A autodeterminação estava prevista. Nunca o abandono ou o genocídio. "Onde houvesse um português, aí estava Portugal". Caía por terra, também a teoria dos que apoiavam as ideias dos traidores Botelho Moniz e Costa Gomes, quando no início de 1961, preconizavam uma política diversa da de Salazar, no que se refere a África.
Salazar, previra que, o referendo a ser feito às populações de África, com vista a um diferente estado de ligação à Metrópole, teria de passar por uma destas soluções: (1) continuação da ligação à Metrópole exactamente como até então, (2) criação de um Estado Federal ou (3) separação pura e simples, desde que salvaguardadas as condições de futuras nações independentes. Nações que não deixassem de ser administradas por Portugal, para se subjugarem a outra qualquer potência, das quais conhecemos bem, as suas tendência hegemónicas. Sem complexos, falo, quer da União Soviética, quer dos Estados Unidos, nosso aliado, este último, por conveniência. De notar que não sou anti-americano, sou antes de tudo o mais, Português!
Neste contexto, era previsível que tal consulta, fosse possível por volta dos anos 80 ou 90, o que com a doença de Salazar em 1968, com a infiltração desde há muito de agentes do comunismo, com a continuada teimosia de elementos portugueses vendidos ao comunismo e com o desastroso período de governação de Marcelo Caetano, que reconhecendo nele uma sumidade em Direito, viria a revelar-se um "Zero" em política, estava-se a caminhar para aquele período em que Portugual deveria vêr reconhecido todo o esforço de evangelização e engrandecimento, que tantas vidas ceifou. No período imediatamente anterior a 1961, aquando dos ataques criminosos a soldo do comunismo internacional, cifrava-se em 7.000 (brancos e negros), as vítimas em Angola. Tal como em 1961, pela firmeza do Governo português, também em 1974, não fora a surpresa provocada pela ingenuidade de Marcelo Caetano, e a loucura de uns tantos criminosos, África (a nossa) ainda hoje seria portuguesa.
Relativamente aos Generais mencionados no texto de "Os Dias de Vergonha": Spínola e Costa Gomes, ainda hoje me interrogo, como sobreviveram no pós 25A? Tenho para mim, e se tivesse que formular uma opinião, afirmaria que estiveram sempre, apesar de fiéis ao regime, à espreita da oportunidade. Não lhes chamaria oportunistas, mas homens à espera da sua oportunidade. Não eram fiéis!
Quanto a Rosa Coutinho, não perco tempo.
Quanto a esses civis, que ocuparam os lugares cimeiros da Nação, ao tempo do 25A, deveriam agora, ser responsabilizados pelo estado em que nos encontramos. Na ganância, de darem independência a países sem condições de se auto-governarem, conseguiram inverter a História, e retirar a Portugal a independência secular que lhe era reconhecida, para nos tornarem dependentes de tudo e de todos.
Fico-me por aqui para não me tornar maçador. É assunto cujo desenvolvimento é infindável.
João Gome
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