BRASÍLIA - O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) anunciou nesta terça-feira, 4, a renúncia à presidência do Senado e diz que agiu de acordo com sua "consciência". O anúncio foi feito antes do início do julgamento do processo a que responde por quebra de decoro parlamentar. É a segunda vez este ano que Renan é julgado no plenário da casa. Desta vez, é acusado de comprar, em nome de "laranjas", de duas emissoras de rádio e um jornal diário, em Alagoas, em sociedade com o usineiro João Lyra.
"Compreendo que presidir a casa é conseqüência das circunstâncias políticas e quando elas mudam é aconselhável que se deixe o cargo. Renuncio assim, sem mágoas, e de cabeça erguida. Agi de acordo com a minha consciência e com o pensamento voltado para o povo de Alagoas." Renan leu a carta de renúncia no momento em que o plenário da casa registra a presença dos 74 dos 81 senadores.
Veja também:
Cronologia do caso
Entenda os processos contra Renan
Viana ameaça punir quem revelar voto em julgamento de Renan
Leia a íntegra da carta de renúncia de Renan
Leia a íntegra do parecer que pede a cassação de Renan
O senador está licenciado desde 11 de outubro por conta das acusações contra ele. Nesta terça, será julgado pela terceira das seis representações no Senado. Duas delas foram arquivadas. As demais ainda não foram examinadas.
Logo após a fala de Renan, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), pediu ao presidente interino da Casa, Tião Viana (AC), que fossem discutidos os próximos passos para a sucessão do senador alagoano. Em resposta, Viana convocou uma reunião de líderes na próxima terça-feira para tratar do assunto. Virgílio lembrou que cabe ao PMDB, maior partido da casa, indicar um nome.
Os 81 senadores votarão o parecer do relator do Conselho de Ética, senador Jefferson Péres (PDT-AM), que apresentou sete indícios sobre o envolvimento de Renan no caso dos "laranjas". Para ser absolvido ou cassado, o senador precisa de 41 votos.
Senadores do PMDB que estiveram na segunda à noite na residência de Renan apostam que o alagoano será absolvido com no mínimo 50 votos. Do primeiro processo, em setembro, Renan foi inocentado da acusação de que teve despesas pessoais pagas por um lobista por 40 votos a 35, e 6 abstenções.
Conselho de Ética
No seu parecer, aprovado no Conselho de Ética por 11 votos a 3, o relator Jefferson Péres afirma que "o conjunto tão forte de indícios (contra Renan) bem vale como uma prova". "Parece-nos forçoso, pois, concluir pela procedência de tão graves denúncias, já que corroboradas por um lamentável conjunto de evidências constrangedoras para esta Casa Legislativa."
(Com Rosa Costa, Cida Fontes e Ana Paula Scinocca, de O Estado de S. Paulo)
"Compreendo que presidir a casa é conseqüência das circunstâncias políticas e quando elas mudam é aconselhável que se deixe o cargo. Renuncio assim, sem mágoas, e de cabeça erguida. Agi de acordo com a minha consciência e com o pensamento voltado para o povo de Alagoas." Renan leu a carta de renúncia no momento em que o plenário da casa registra a presença dos 74 dos 81 senadores.
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Viana ameaça punir quem revelar voto em julgamento de Renan
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O senador está licenciado desde 11 de outubro por conta das acusações contra ele. Nesta terça, será julgado pela terceira das seis representações no Senado. Duas delas foram arquivadas. As demais ainda não foram examinadas.
Logo após a fala de Renan, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), pediu ao presidente interino da Casa, Tião Viana (AC), que fossem discutidos os próximos passos para a sucessão do senador alagoano. Em resposta, Viana convocou uma reunião de líderes na próxima terça-feira para tratar do assunto. Virgílio lembrou que cabe ao PMDB, maior partido da casa, indicar um nome.
Os 81 senadores votarão o parecer do relator do Conselho de Ética, senador Jefferson Péres (PDT-AM), que apresentou sete indícios sobre o envolvimento de Renan no caso dos "laranjas". Para ser absolvido ou cassado, o senador precisa de 41 votos.
Senadores do PMDB que estiveram na segunda à noite na residência de Renan apostam que o alagoano será absolvido com no mínimo 50 votos. Do primeiro processo, em setembro, Renan foi inocentado da acusação de que teve despesas pessoais pagas por um lobista por 40 votos a 35, e 6 abstenções.
Conselho de Ética
No seu parecer, aprovado no Conselho de Ética por 11 votos a 3, o relator Jefferson Péres afirma que "o conjunto tão forte de indícios (contra Renan) bem vale como uma prova". "Parece-nos forçoso, pois, concluir pela procedência de tão graves denúncias, já que corroboradas por um lamentável conjunto de evidências constrangedoras para esta Casa Legislativa."
(Com Rosa Costa, Cida Fontes e Ana Paula Scinocca, de O Estado de S. Paulo)
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