quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

ANGOLA - PROJECTOS PORTUGUESES AGUARDAM NOVA LINHA DE CRÉDITO .


Projectos de investimentos portugueses em Angola, que totalizam 370 milhões de euros, encontram-se a aguardar por uma nova linha de crédito entre os dois países, disse hoje à agência Lusa o presidente da Companhia de Seguro de Créditos (COSEC).


Gomes da Costa, que falava à Lusa no seminário promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola (CCIPA), acrescentou que a solução passa por uma decisão política dos governos de Lisboa e Luanda.As anteriores linhas de crédito, uma de 100 milhões de euros e a segunda de 300 milhões de euros, já estão esgotadas.O crescimento da economia angolana explica aquela situação, depois de em 2006 as exportações portuguesas para Angola terem aumentado quase 50 por cento, até Novembro de 2007.A linha de crédito de 300 milhões de euros, anunciada quando da visita que o primeiro-ministro português José Sócrates efectuou em Abril de 2006 a Angola, ficou esgotada em Dezembro desse ano..
O presidente da COSEC explicou ainda à Lusa que, segundo as regras definidas pela linha de crédito, a aprovação dos projectos era sempre feita consoante as prioridades definidas por Angola."Qualquer alargamento (da linha de crédito de 300 milhões de euros) irá funcionar dentro destes moldes", acrescentou.Gomes da Costa salientou, por outro lado, que além dos projectos portugueses que aguardam por uma nova linha de crédito, o próprio Ministério das Finanças de Angola já inventariou, na sua página na Internet, mais projectos de investimento, que totalizam 170 milhões de euros..
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado, que parte quarta-feira à noite para Luanda, para uma visita oficial de três dias a convite do seu homólogo angolano, João Miranda, disse à Lusa que a questão figura na agenda dos temas a debater com as autoridades angolanas."As relações comerciais são um aspecto importante da nossa relação. O incremento das trocas comerciais e do investimento (português) em Angola, como também de Angola em Portugal, é uma realidade que o poder político dos dois estados não pode ignorar", salientou."Todos os instrumentos que possam favorecer o aprofundamento dessas relações serão tidos em conta e há a possibilidade, em concertação com o Ministério das Finanças, ver o que é que se pode fazer no sentido de reforçar os mecanismos e os instrumentos financeiros que existem para aprofundar essas relações", frisou.
EL/Lusa

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