quarta-feira, 15 de agosto de 2007

NA FILOSOFIA DE RENAN, ATÉ NUDEZ SALVA


Diante da pressão cada vez maior para que deixe o cargo e do aumento das denúncias que o envolvem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) passou a ver nos próprios acusadores sinais “dos céus” de que seu “inferno político” está com dias contados. Pela lógica do peemedebista - que se comparou ao filósofo grego Sócrates - até o convite para posar nua aceito pela jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento, deve favorecê-lo.A amigos e assessores, o presidente do Senado avaliou que, ao tirar a roupa para a revista Playboy - ela deve ser a capa da edição de setembro -, Mônica se desqualifica perante o Senado. Partiu da jornalista a primeira denúncia contra o peemedebista: ela disse que o pagamento da pensão para a filha que tem com Renan era feito pelo lobista Cláudio Gontijo, da Construtora Mendes Júnior. Ao negar que a empresa bancasse suas despesas, Renan apresentou notas de venda de gado no valor de R$ 1,9 milhão, colocadas sob suspeita pelo Conselho de Ética da Casa, onde responde a processo, e pela Polícia Federal.Renan também aposta em outro “trunfo” para escapar da cassação: o fato de a oposição apoiar Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) para sucedê-lo. Para o governo, avalia Renan, melhor do que um oposicionista fortalecido, seria ter o atual presidente “desidratado” mas ainda leal ao Planalto.A terceira avaliação de Renan diz respeito à mais recente denúncia contra ele, de que teria usado “laranjas” para adquirir uma rádio e um jornal em Alagoas, em sociedade com o ex-deputado e usineiro João Lyra. Para o senador, a entrevista de Lyra à revista Veja, onde ele confirma o negócio de fachada, respalda tese de que as denúncias são apenas fruto da política regional.


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