*Orlando Castro.
O primeiro-ministro, José Sócrates, decidiu propor a ratificação do Tratado de Lisboa por via parlamentar. Porreiro, pá! É assim mesmo. Os parceiros europeus podem ficar descansados. Referendo nem vê-lo. Porreiro, pá!.
O primeiro-ministro, José Sócrates, decidiu propor a ratificação do Tratado de Lisboa por via parlamentar. Porreiro, pá! É assim mesmo. Os parceiros europeus podem ficar descansados. Referendo nem vê-lo. Porreiro, pá!.
É assim mesmo. E não me venham dizer que Sócrates mentiu. Ele prometeu, sejamos rigorosos, referendar o Tratado Europeu e não o Tratado de Lisboa. Portanto, não mentiu. Aliás, ele não mente e – ao que parece – também nunca se engana e raramente tem dúvidas.
O mesmo se passa com a falsa tese de que Sócrates prometera criar uns largos milhares de empregos para os portugueses. Isso é mentira. O que ele prometeu, sejamos rigorosos, foi arranjar uns milhares de tachos (perdão, empregos) para os socialistas. Prometeu e cumpriu..
Aliás, só a falta de visão de muitos pode pôr em causa a honorabilidade política, intelectual, cultural e até escolar de José Sócrates. Quem é, sim quem é?, António Barreto para nos vir dizer que “José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas”?
Ameaça contra a liberdade? Francamente. Vejamos: todos temos total liberdade para estar de acordo com José Sócrates, para nos filiarmos no PS, para dizermos bem dos ministros deste governo, para comermos e calarmos, etc. etc.
Eu, cá por mim, acho que José Sócrates deveria continuar como primeiro-ministro pelo menos durante mais 20 anos. Primeiro-ministro do Burkina Faso, entenda-se..
*Jornalista do JN (CP 925) - Não se é Jornalista sete horas por dia . É-se Jornalista 24 horas por dia.
*Também publicado em ALTO HAMA
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