Nos últimos meses do ano, o abate de árvores aumentou a ritmo nunca visto nesta altura do ano: quatro vezes mais do que no mesmo período em 2004.
O Governo brasileiro vai intensificar as acções da Polícia Federal na floresta amazónica e cortar o financiamento público aos produtores agrícolas responsáveis pela desflorestação na região - que, depois de três anos seguidos em que os números oficiais davam o abate de árvores a diminuir, subiu muito em 2007. O desbravamento de terras para cultivar soja e fazer pastos para gado são apontados como culpados.
Estas medidas foram anunciadas na quinta-feira à noite, depois de uma reunião de emergência entre o Presidente Lula da Silva e os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Defesa, Nélson Jobim, para abordar os índices de devastação registados em Novembro e Dezembro de 2007, que apresentaram uma taxa quatro vezes superior à registada no mesmo período de 2004.
No encontro ficou também decidido que, nos 36 municípios da Amazónia com maiores índices desflorestação, fica proibida a emissão de novas autorizações de abate da mata. As propriedades em que ocorrerem cortes ilegais de árvores serão embargadas obrigatoriamente.
Na véspera, o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgaram um levantamento que mostra a devastação de uma área superior a 3200 quilómetros quadrados de floresta nos dois últimos dois meses de 2007.
"Nunca antes detectámos uma taxa de desmatamento tão alta nesta época do ano", sublinhou a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. Nesse período, os estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia foram os que mais desflorestaram.
Depois do encontro com o Presidente, para analisar esta taxa de desflorestação "nunca vista", a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o combate à desflorestação na Amazónia será feito "em conjunto com os governadores" e acrescentou que, independentemente deles, o Governo federal agirá nesse sentido.
A ministra voltou sublinhar que o abate de floresta caiu 59 por cento nos últimos três anos, embora sem mencionar a base desse cálculo, e negou as críticas à alegada "passividade" do Governo. "Tivemos reunião de ministros com o Presidente da República para adoptar medidas, estamos a prevenir e a combater o problema", garantiu.
A governante admitiu ainda que a expansão do cultivo da soja e das áreas destinadas à pecuária e o fornecimento de árvores para as siderurgias podem estar por detrás do aumento da desflorestação. "A realidade económica desses Estados indica que essas actividades têm um impacto, sem dúvida, na floresta", notou.
Este aumento considerado "inédito" do abate de árvores na Amazónia levou também alguns deputados a sugerirem a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para averiguar o sucedido no final de 2007.
Estas medidas foram anunciadas na quinta-feira à noite, depois de uma reunião de emergência entre o Presidente Lula da Silva e os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, da Agricultura, Reinhold Stephanes, e da Defesa, Nélson Jobim, para abordar os índices de devastação registados em Novembro e Dezembro de 2007, que apresentaram uma taxa quatro vezes superior à registada no mesmo período de 2004.
No encontro ficou também decidido que, nos 36 municípios da Amazónia com maiores índices desflorestação, fica proibida a emissão de novas autorizações de abate da mata. As propriedades em que ocorrerem cortes ilegais de árvores serão embargadas obrigatoriamente.
Na véspera, o Ministério do Meio Ambiente e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgaram um levantamento que mostra a devastação de uma área superior a 3200 quilómetros quadrados de floresta nos dois últimos dois meses de 2007.
"Nunca antes detectámos uma taxa de desmatamento tão alta nesta época do ano", sublinhou a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef. Nesse período, os estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia foram os que mais desflorestaram.
Depois do encontro com o Presidente, para analisar esta taxa de desflorestação "nunca vista", a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o combate à desflorestação na Amazónia será feito "em conjunto com os governadores" e acrescentou que, independentemente deles, o Governo federal agirá nesse sentido.
A ministra voltou sublinhar que o abate de floresta caiu 59 por cento nos últimos três anos, embora sem mencionar a base desse cálculo, e negou as críticas à alegada "passividade" do Governo. "Tivemos reunião de ministros com o Presidente da República para adoptar medidas, estamos a prevenir e a combater o problema", garantiu.
A governante admitiu ainda que a expansão do cultivo da soja e das áreas destinadas à pecuária e o fornecimento de árvores para as siderurgias podem estar por detrás do aumento da desflorestação. "A realidade económica desses Estados indica que essas actividades têm um impacto, sem dúvida, na floresta", notou.
Este aumento considerado "inédito" do abate de árvores na Amazónia levou também alguns deputados a sugerirem a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para averiguar o sucedido no final de 2007.
Nuno Amaral, Rio de Janeiro/Público
Nenhum comentário:
Postar um comentário