BOGOTÁ (Reuters) - Raúl Reyes, um dos sete líderes mais importantes da maior guerrilha da Colômbia, morreu com outros 16 rebeldes durante uma operação militar na selva do sul do país, informaram neste sábado o Exército e o governo colombiano.Reyes era um dos sete integrantes do secretariado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e nos últimos anos havia se tornado o líder com maior visibilidade do grupo formado por cerca de 17 mil combatentes.
"Quero comunicar ao país, que em uma operação conjunta das Forças Militares e da Polícia Nacional, foi morto Raúl Reyes, membro do secretariado das Farc", disse o ministro de Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos."Esse é o golpe mais contundente contra esse grupo terrorista até o momento", acrescentou, em entrevista coletiva. A morte do chefe guerrilheiro é o triunfo mais importante da política de segurança do presidente Álvaro Uribe, que, com o apoio dos Estados Unidos, mantém desde que assumiu o poder, em 2002, uma ofensiva contra as Farc que obrigou os rebeldes a efetuarem recuo estratégico."É uma meta que conquistamos, mas não podemos nos afastar do caminho que é a derrota do terrorismo e a busca da paz", disse à Reuters uma alta fonte do governo.Reyes, cujo verdadeiro nome era Luis Edgar Devia, foi um antigo dirigente sindical que se vinculou à guerrilha há cerca de três décadas. O governo colombiano oferecia uma recompensa de 2,7 milhões de dólares por informações que permitissem sua captura ou morte.A operação militar em que Reyes tombou ocorreu na aldeia de Teteye, no departamento de Putumayo, na fronteira com o Equador.No último ano, as Forças Militares da Colômbia mataram quatro importantes dirigentes rebeldes das Farc, entre eles Martín Caballero, Tomás Medina Caracas e Jota Jota.As Farc são o grupo rebelde guerrilheiro mais antigo do hemisfério, com mais de 17 mil combatentes, e dizem lutar por um sistema socialista no país, de mais de 42 milhões de habitantes, com marcantes diferenças entre ricos e pobres.A morte do comandante rebelde acontece três dias depois de o grupo ter entregue quatro ex-congressistas que eram mantidos reféns há mais de seis anos a uma missão humanitária liderada pela Venezuela.
(Reportagem de Luis Jamie Acosta)Fonte: Reuters
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