quinta-feira, 20 de março de 2008

Viva quem é incompetente, invertebrado, servil, acéfalo, capacho e... hermafrodita .


O importante num país como Portugal, onde tudo é de faz de conta, é ser filho (mesmo que bastardo) do que enteado (mesmo que legítimo). É ser incompetente e servil, acéfalo e capacho, invertebrado e solícito.

Ou seja, curvar-se servilmente perante aqueles de quem depende..
Não sei que objectivos movem um país, para além de uma dramática aproximação ao Burkina Faso, que institui o primado da incompetência e do servilismo como condição sine qua non para alguém ascender na hierarquia seja do que for.
Não sei. Mas, reconheço, o problema não reside no facto de eu não saber. Reside, isso sim, no facto de quem tem por função saber, ser mais ignaro que um calhau, tenha ou não cunha, tenha ou não cartão do partido no poder, seja ou não amestrado..
Quando vejo o que resta deste país entregue a um bando de vampiros que, para sobreviverem, sugam até o sangue dos filhos. Quando vejo o que resta deste país entregue a uns fluorescentes e florescentes hermafroditas, fico consciente de que os espanhóis fazem muito bem em montar as barracas de praia junto à fronteira com Portugal.

Não sei que futuro terá o que resta deste país. Um dia destes, meia dúzia de ilustres iluminados com dinheiro gerado não sei onde nem como, vão conseguir que nos coloquem uns chips para, à distância, programarem o que devemos ou não fazer.
Aliás, mesmo sem chips (julgo eu) já estamos rodeados por uma série de seres semelhantes a nós que se sentam, levantam, põem a língua de fora, dão cambalhotas, lambem o dono e são chefes, directores e por aí fora.

* Jornalista do JN (CP 925) - Não se é Jornalista sete horas por dia . É-se Jornalista 24 horas por dia.
* Também publicado em
ALTO HAMA

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