domingo, 30 de março de 2008

Líder tibetano diz que Pequim mantém repressão 'brutal' .


O presidente do Parlamento do governo do Tibete no exílio, Karma Chophel, negou que o dalai-lama e seus partidários tenham instigado os recentes conflitos na província. Chophel também afirmou hoje que Pequim mantém uma ação "brutal" para reprimir eventuais opositores. Em Roma, Chophel garantiu que os protestos foram uma manifestação da população tibetana, sem a interferência dos exilados. "Nosso pedido é que um grupo internacional independente, neutro e imparcial vá ao Tibete e possa tentar descobrir a real situação."
Os protestos começaram pacíficos, entre os monges budistas. Porém, em 14 de março, a situação saiu de controle na capital da província, Lhasa. O governo reprimiu os manifestantes. Segundo Pequim, 22 pessoas morreram durante os confrontos. Exilados falam em até 140 mortos durante as ações e na repressão que se seguiu. Segundo Chophel, a violência prosseguia em algumas áreas do Tibete. Ele pediu à comunidade internacional que trabalhe para interrompê-la. "De acordo com fontes bastante confiáveis, uma repressão muito, muito brutal ao povo tibetano está ocorrendo no Tibete agora."
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse hoje durante uma visita ao Laos que a situação em Lhasa está "basicamente estável" e que "a ordem social voltou ao normal". A agência de notícias oficial Nova China acusou o dalai-lama de interromper as negociações sobre o futuro do Tibete. Os Estados Unidos e vários outros governos estrangeiros pediram que Pequim negocie com os líderes exilados. Anteriormente, o líder tibetano se disse disposto a negociar com o governo chinês.

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