quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

BRASIL : GARIBALDI APELA E OPOSIÇÃO DECIDE FAZER "OBSTRUÇÃO BRANCA" .


SÃO PAULO - O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), se reuniu nesta quarta-feira, 13, com líderes da oposição e fez um "apelo" para que as votações no Senado não fossem paralisadas por completo. Em resposta, DEM e PSDB decidiram fazer uma "obstrução branca" nesta quarta, o que significa votar apenas as redações finais de projetos de lei já aprovados. A atitude dos oposicionistas é uma represália à atitude do governo de comandar a CPI mista dos cartões corporativos.

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Ainda na reunião, Garibaldi se comprometeu com os líderes do PSDB e do DEM a intervir junto ao Palácio do Planalto para que o governo aceite compartilhar com a oposição o comando da CPI. "Primeiro vou conversar com os líderes do governo (no Senado, Romero Jucá e Valdir Raupp, do PMDB) e depois irei com essa proposta ao comando político do governo", disse. Ele não descartou a possibilidade de conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o assunto.

Também ficou decidido que na semana que vem haverá sessão do Congresso Nacional para apreciar os mais de 800 vetos presidenciais a propostas já votadas ao longo dos últimos anos.

Segundo a assessoria do presidente do Senado, Garibaldi não quer que as discussões sobre a relatoria e presidência da CPI dos Cartões Corporativos "interfira" nos trabalhos da Casa.

Na última terça, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse que dificilmente o PMDB e o PT abrirão mão dos cargos de presidente e relator da CPI mista dos cartões corporativos.

Embora tenha dito que é um problema do Congresso, o ministro não demonstrou disposição do governo em negociar com a oposição o comando da CPI. Múcio lembrou que o regimento dá aos dois maiores partidos a presidência e a relatoria da Comissão.

Raupp anunciou na manhã de terça que o presidente da CPI será o senador Neuto de Conto (PMDB-SC). Para a relatoria está cotado o deputado José Eduardo Cardoso (PT-SP). Nos dois casos, estaria respeitado o princípio da proporcionalidade em que os maiores partidos ocupam os principais cargos nas CPIs.







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