QUITO, Equador (Reuters) - O presidente do Equador, Rafael Correa, demitiu seu ministro da Defesa após deixar aturdidos comandantes das Forças Armadas do país ao acusar os EUA de controlarem parte das agências de inteligência equatorianas, afirmaram fontes do governo.O ministro equatoriano da Defesa, Wellington Sandoval, será substituído por um assessor próximo de Correa, afirmaram dois membros importantes do governo à Reuters na noite de terça-feira. Nenhum dos dois quis ter sua identidade revelada porque não estavam autorizados a comentarem a questão.Essas autoridades não disseram exatamente por que Sandoval havia sido demitido, mas o militar viu-se criticado recentemente devido à sua suposta falta de liderança dentro das Forças Armadas. Na semana passada, Correa acusou a CIA (agência de inteligência norte-americana) de manipular agências de espionagem do Equador.A Embaixada dos EUA não se manifestou a respeito das acusações do dirigente equatoriano.Correa, de esquerda e um ex-ministro da Economia que tomou posse há mais de um ano, criticou os militares e a polícia outras vezes por não fornecerem em tempo informações adequadas durante o conflito diplomático deflagrado por uma ação militar realizada pela Colômbia em território equatoriano, no mês passado.Na terça-feira, os principais comandantes das Forças Armadas do Equador requisitaram um encontro com o presidente a fim de discutir as críticas e, assim, "evitar colocar em risco a segurança e a estabilidade do país".Os militares sempre desempenharam um papel importante no cenário político frequentemente instável do Equador e deixaram de apoiar os três últimos presidentes eleitos no país antes de Correa. Todos os três acabaram depostos por ações do Congresso ou por distúrbios de rua.Mas os altos índices de popularida do atual dirigente e os planos de reformar as Forças Armadas devem protegê-lo de qualquer tipo de retaliação militar, afirmam analistas.As Forças Armadas representam uma das instituições em que os equatorianos mais depositam confiança e possuem participação em várias empresas de grande porte de setores que se estendem da aviação à criação de camarões.A ação militar da Colômbia no acampamento de uma guerrilha colombiana localizado dentro do Equador, no dia 1o de março, matou um importante dirigente desse grupo rebelde e provocou uma crise envolvendo o Equador, a Colômbia e a Venezuela.Os equatorianos e venezuelanos enviaram soldados para suas fronteiras até que uma cúpula regional acabou por dirimir o conflito.Recentemente, Correa disse que a CIA controlava algumas das agências de inteligência do Equador, apropriando-se de informações confidenciais obtidas dentro do território equatoriano e repassando-as às forças colombianas.A Colômbia é o maior aliado dos EUA na região e recebe bilhões de dólares em ajuda militar do governo norte-americano.(Reportagem de Carlos Andrade)Fonte: Reuters.
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