quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

EU SOU O MOÇO VELHO ...







O ancião Roberto Carlos insiste em sair do sarcófago pra cantar na Globo no fim do ano ou então lá na praia de Copacabana ou quem sabe no maracananzinho, tão até querendo que reprisem o show de Jerusalém. Ele sabe que todo mundo tá cheio daquele seu jeito meloso e mal percebe sua cara esticada no vídeo e aquela careca disfarçada com os fios dos cabelos jogados pra frente da testa, imagine se vai se ligar nas músicas. As de sempre, ainda que não sejam as de sempre, já que são todas iguais. O que incomoda é que o rei [rei de quem?] Da juventude é que não é, com o pé na cova e o olho gordo das casas funerárias. Como sempre, vestido de azul ou branco nunca marrom ou preto. Não bastava ser papa-defunto da Maria Rita, agora deu pra falar de doença. Diz que tem TOC e vai ficar bom, mas é reticente ao explicar seus efeitos. Limita-se a dizer que agora vai falar palavras proibidas [entenda-se "inferno", "mal" e outras baboseiras e bobagens que igualmente não fazem falta. Desse jeito ele não presta serviço nenhum aos que têm sintomas de TOC - coisa muito mais pesada do que as frescuras reveladas pelo cantor. Serviço mesmo, ele prestou à humanidade neste final de ano: não fez novo disco porque "não deu". Se bem que foi um golpe fatal nos amigos secretos. Mesmo assim lá vem um especial com as mulheres ao gravar um péssimo ELEPÊ com suas músicas e a participação especial da quase defunta e quase cantora Hebe Camargo... No show da TV, na praia, no maracananzinho ou na terra santa, ele, mais uma vez deve puxar o saco de Jesus Cristo. Não se toca de que não adianta. Se o cara lá de cima fosse com os cornos dele, ele não teria perdido a perna, não teria um filho cego, não colecionaria mulheres defuntas, não seria parceiro do Erasmo nem sofreria de TOC. Na parada de sucessos lá de cima, Roberto Carlos, o bonzinho, o rezador e o repetitivo não encontra lugar nem pagando jabá ao pilantrão de São Pedro que é o eterno porteiro do Céu...

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