quarta-feira, 31 de outubro de 2007

ANGOLA: BOOM PETROLÍFERO AUMENTA RECEIOS.


O aparecimento de Angola como principal produtor de petróleo a nível mundial está a aumentar as preocupações de que o Governo usará o novo poder para resistir às reformas políticas e económicas.


Angola não realiza eleições nacionais desde 1992 e o Governo já adiou o escrutínio duas vezes, justificando a situação devido às más condições das estradas e à destruição de outras infra-estruturas durante os 27 anos de guerra civil.
As eleições legislativas estão agora marcadas para 2008 seguidas das presidenciais em 2009, altura em que é esperado que a produção de petróleo atinja 2 milhões de barris por dia, praticamente o dobro da produção registada em 2005.
As autoridades angolanas estavam muito confiantes na última semana, quando falaram sobre o ‘boom’ petrolífero do país, conhecido em todo o mundo. Um representante angolano descreveu Luanda como a “nova Meca”.

No entanto, o aumento da riqueza petrolífera e os mil milhões de dólares em entradas de investimento estrangeiro podem permitir que Angola continue o isolamento que tem caracterizado a sua atitude, relativamente aos grupos de direitos humanos, aos países ocidentais e às agências internacionais.
Luanda demonstrou a sua independência delicada em constantes conflitos com o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, recusando aceitar qualquer empréstimo que estivesse relacionado com a melhoria da transparência fiscal ou com a democratização do país.
“Não creio que a abertura das relações comerciais ou a injecção de investimento estrangeiro esteja a abrir espaço político, uma vez que o país é rico o suficiente para impor as suas próprias condições,” afirmou Ana Leão, analista do Instituto para os Estudos de Segurança, na África do Sul.
“A capacidade do Governo angolano de fazer o que quer sempre lá esteve,” acrescentou Ana Leão.
As autoridades angolanas realçaram essa posição em Fevereiro, quando detiveram e acusaram a activista britânica dos direitos humanos, Sarah Wykes, de espionagem relativamente à investigação que estava a realizar na província de Cabinda.
Sarah Wykes esteve presa alguns dias e foi impedida de sair do país durante aproximadamente um mês.

LEIA MATÉRIA COMPLETA.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

BRASIL: SARNEY ALERTA PARA PERIGO DO PODER MILITAR VENEZUELANO.


BRASÍLIA - O senador José Sarney (PMDB-AP) alertou nesta segunda-feira, 29, em discurso na tribuna para o perigo de a Venezuela se transformar numa potência militar que poderá levar a América Latina a uma corrida armamentista.


Na avaliação de Sarney, atuando contra a democracia a Venezuela não conseguirá ser incluída no Mercosul. Segundo o senador, o clima no Congresso para votar a adesão da Venezuela ao Mercosul é desfavorável à aprovação uma vez que o país "terá que mostrar que está pronto para a democracia".

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Cronologia do impasse entre o Senado brasileiro e Hugo Chávez "Não tendo esta cláusula democrática, a Venezuela estaria violando o tratado do Mercosul. Se essa situação de potência militar se concretiza, será uma corrida armamentista na América Latina. Será o desequilíbrio estratégico do continente. Vamos voltar de novo a pegar os nossos recursos e investir em armas? No momento, não há como a gente considerar que a Venezuela possa ser uma democracia exemplar", disse.Sarney criticou o presidente Hugo Chávez, afirmando que na hora em que acaba a alternância do poder, acaba a democracia. Ele afirmou ser contrário a qualquer movimento de deputados em favor do terceiro mandato de Lula. "Temos de dizer que isso é inaceitável", destacou. O senador cobrou da diplomacia brasileira manifestações sobre a Venezuela e sobre a risco da corrida armamentista. "Que democracia estão constituindo? Chávez está fazendo da Venezuela uma potência militar. Isso é um perigo. As armas têm que ser usadas no sentido da defesa. Não podermos admitir de outra forma que não a do diálogo. É um perigo para o Brasil e América Latina ter uma potência armada no continente.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

BRASIL: LULA PARABENIZA CRISTINA KIRCHNER


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou Cristina Fernández de Kirchner, que se declarou ganhadora das eleições presidenciais argentinas realizadas neste domingo.


Fontes oficiais informaram que o líder cumprimentou por telefone a esposa do presidente da Argentina, Néstor Kirchner, depois de ela ter se proclamado ganhadora do pleito, quando haviam sido apurados cerca de 11% dos votos.Agora, com 22,39% dos votos apurados, Cristina (Frente para a Vitória) obtém 43,02% dos sufrágios, a centro-esquerdista Elisa Carrió (Coalizão Cívica), 20,24%, e o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna (Uma Nação Avançada - UNA), 19,60%.Até o momento, o único que reconheceu a vitória da primeira-dama é Jorge Sobisch, candidato..
efe


domingo, 28 de outubro de 2007

ELEIÇÕES ARGENTINAS COMEÇAM COM ATRASO E ESTRESSE DE CRISTINA KIRCHNER.


BUENOS AIRES - Com atraso na abertura das urnas em Buenos Aires e em várias províncias do interior do país, a Argentina foi às urnas neste domingo, 28, para escolher um novo presidente para suceder Néstor Kirchner. Em uma rara passagem de poder democrática entre cônjuges, Cristina Fernández de Kirchner é a favorita para suceder seu marido.

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Muitas das 73.711 mesas habilitadas para as eleições gerais registraram atrasos em sua abertura, prevista para as 8 horas da manhã (9 horas de Brasília). Mas a Justiça Eleitoral garantiu que a situação já estava se normalizando em todo o país.

Cristina Kirchner votou na Escola Nossa Senhora de Fátima, em Río Gallegos, na Província natal do presidente Néstor Kirchner. A candidata chegou distribuindo sorrisos, com uma estranha simpatia com os fotógrafos e cinegrafistas que se empurravam para conseguir uma imagem da candidata. Porém, depois de alguns minutos, a expressão sorridente de Cristina foi substituída por sua habitual careta irritada.

Na hora de depositar o voto, a candidata tropeçou em um dos fotógrafos e teve um leve desequilíbrio. Com um gesto autoritário e visivelmente irritada, pelas imagens vistas pela TV, Cristina deu uma bronca em quem ousou atrapalhar o seu caminho até a urna.

Entre os 14 candidatos à Presidência, já votaram Roberto Lavagna (UNA- Uma Nação Avançada), Ricardo López Murphy (Recrear) e Alberto Rodriguez Saá (Frente Justiça, União e Liberdade).

Funcionários da Justiça foram convocados para substituir os cidadãos que não compareceram para trabalhar nas mesas de votação. Até a última quinta-feira, 92% dos convocados não responderam à convocação da Justiça Eleitoral.

Além do presidente e vice-presidente, os argentinos escolherão 130 deputados nacionais para renovar a metade da Câmara e 24 senadores nacionais para substituir um terço dos integrantes do Senado.

Nas províncias também serão eleitos oito governadores, 209 deputados e 63 senadores. As províncias que elegem seus governadores são: Buenos Aires, Santa Cruz, Mendoza, La Pampa, Jujuy, Salta, Formosa e Misiones. Também serão eleitos os prefeitos de várias cidades e municípios.



sábado, 27 de outubro de 2007

Pela Pátria, Por Portugal

POR TI Ò PÁTRIA MEU CORAÇÃO SEMPRE PULSARÁ!!!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

OS PORTUGUESES VÃO SER TODOS ESPANHOIS?


Os governos portugueses têm vindo a demitir-se das suas responsabilidades e a destruir tudo e todos. Não tem sido por acaso que José Saramago, o Nobel, enfatiza que Portugal e Espanha deviam juntar-se num só país, a Ibéria.
Confesso que ao me arremessarem com a notícia, de chofre, fiquei escandalizado e pensei que aquele alentejano chapado estava mangando "cá ca gente, prantando-se a modos que alarve". Depois, com o tempo, estou chegando à conclusão de que o compadre Saramago tem alguma razão. Isto, se não a tiver toda.
Em notícia de hoje e que a Lusa divulgou, Portugal tem alentejanos que já não o são. Nem isso nem portugueses - considerando o local de nascença.
São extremenhos e espanhóis! Olé!
Diz o Diário Digital que: "Um total de 362 mulheres alentejanas deram à luz no Hospital Materno Infantil de Badajoz (Espanha) desde Junho de 2006 e até 22 de Outubro deste ano, revelou hoje à agência Lusa o responsável da unidade hospitalar."
Acrescenta a notícia que estavam inicialmente previstos mais partos: «São 362 partos no espaço de cerca de um ano e quatro meses, o que está dentro do que eram as expectativas. Até está um pouco abaixo das previsões, que eram mais um parto por dia no hospital», disse Marcelino Borrallo Moreno."
Pois. Confesso que a minha alma fica parva!
Nada tenho contra Espanha ou os espanhóis. Antes pelo contrário: Arriba Espanha!
Estou é contra a destruição do Serviço Nacional de Saúde em Portugal. Estou contra os portugueses andarem com os dentes podres, cheios de cáries, gengivites, etc, e não terem dinheiro para pagar a um estomatologista porque no SNS foram praticamente extintos! Nos hospitais a lista de espera é de 2, 3, 4 ou mais anos! Oftalmologistas é a mesma coisa... e por aí fora!
Estou contra as maternidades fecharem e as crianças nascerem nas ambulâncias ou morrerem, como aconteceu, que em poucos dias foram seis!
Estou contra ver pavões-ministros que fazem o contrário daquilo que prometem. Que por via desses expedientes obtêm votos, maiorias absolutas para com absolutismo servirem interesses que não são os da maioria dos eleitores.
Estou contra os aldrabões-políticos sem escrúpulos. Praga nacional cada vez mais numerosa e corporizada, como se de associação de crime organizado se tratasse.
Por ora não será tanto assim, mas se nos distraímos e continuarmos a deixar que nos enganem, para isso caminhamos!
Valha-nos começarmos a ser espanhóis e podermo-nos valer do país vizinho para sermos tratados com dignidade.
Muitas mulheres portuguesas, mesmo de Lisboa, estão a optar por ter os filhos em Espanha - que não só nas maternidades fronteiriças.
Um exemplo tenho eu com o meu neto espanhol, Don Rodrigo, mui guapo. Nasceu em Madrid por opção. Numa maternidade comum, mas muito melhor - sem comparação - que muitas clínicas privadas de Portugal.
Que andam estes ministros enfatuados a fazer em Portugal? Querem fechar o país?
Isso não lhes convém certamente. Nunca vi um guloso largar o mel.
Que me perdoe Saramago e que a Ibéria venha mas, por favor, não deixemos estes políticos portugueses tocarem-lhe...
Melhor será mandá-los para a Madeira. Alberto João que trate de os reeducar e lhes estripe o vírus corporativista.
Publicada por António Veríssimo em
17:14


quinta-feira, 25 de outubro de 2007

ANGOLA - PR REAFIRMA ELEIÇÕES EM ANGOLA PARA 2008.


O mais importante é resolver os problemas do povo” - Agostinho Neto.


ESPERO QUE ISSO ACONTEÇA EM ANGOLA PARA BEM DO SOFRIDO
POVO ANGOLANO
.


O chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, considerou esta quinta-feira, em Luanda, que com a consolidação da paz e da reconciliação, a situação política é estável e, após o fim do registo eleitoral, a próximas eleições legislativas serão efectivamente em 2008.

José Eduardo dos Santos discursava na abertura das conversações oficiais entre Angola e o Brasil, no quadro da visita do Presidente brasileiro, Luíz Inácio Lula da Silva, ao país.
Ao debruçar-se sobre o crescimento económico nacional, o Chefe de Estado referiu que os indicadores são muito animadores, a taxa de inflação é de cerca de 12 por cento e está em queda, o défice do Orçamento Geral do Estado está controlado.
Referiu que as reservas internacionais do Banco Central aumentaram e o crescimento económico é reconhecido pelas instâncias internacionais como um dos mais elevados do mundo, situando-se acima dos 18 por cento.

No domínio social, asseverou, o governo realiza um firme combate ao desemprego e à pobreza, às doenças endémicas como o HIV/Sida, a tuberculose, a malária e outras.
"O Governo também está envolvido na luta pela paz e a segurança em África e no mundo, em geral, e por relações internacionais mais justas", disse José Eduardo dos Santos.
As conversações entre Angola e Brasil culminarão com a assinatura de acordos nos mais variados domínios...


Angola Press




quarta-feira, 24 de outubro de 2007

PORTUGAL - JUSTIÇA E POLÍTICA: IMPÉRIOS BABILÓNICOS.


ESCUTAS QUE NEGAM... MAS QUE AS HÁ, HÁ!


A máquina da Justiça e o que lhe é correlativo sempre fez lembrar ao meu avô um Império Babilónico com muitos senãos ocultos e suspeições suspensas, em vez de jardins.Não raras vezes comentava que devia ter seguido psiquiatria, em vez de direito, porque considerava fazer parte de uma máquina que era de loucos. Onde tudo havia em abundância salvo a raridade de honestidade como ele a entendia."Direito serve para tudo menos para psiquiatria" - costumava ele dizer-me quando me queria aconselhar no curso a seguir - "os loucos não acreditam em nós."

Ele justificava que não é difícil a um advogado exercer medicina porque com o seu verbo fácil convencerá o doente de que já está curado!Pensando bem, actualmente dou-lhe muitíssima razão. Reparemos que a substantiva maioria dos nossos políticos vêm da correlação direito-justiça...E o país está como está.

Pois, pudera!.Queixa-se o PGR dessa mesma máquina quando fala em escutas telefónicas...Fala-se com enorme alarido que escutas telefónicas, em Portugal, fazem-se por atacado, a eito. Que se abusa da liberdade de fazer escutas telefónicas por dá cá aquela palha!Pois, se assim é, diria que filho de peixe sabe nadar e que já devem ter passado os anos de nojo que guardamos por via do salazarismo e da PIDE-DGS, do Tribunal Plenário, etc.Diria que estes tecnocratas enfermam de um novo virus pidesco - que afinal assola o mundo e invade-nos a privacidade a pretexto de qualquer Big Brother.Fazem-se escandalizados uns, desdramatizam outros, o PGR Pinto Monteiro continua na dele e Rangel vem dar-lhe força. Falta saber o que é que isto vai dar...Falta? Qual quê!Tudo ficará em águas de bacalhau porque a farinha é do mesmo saco. Acontece que existem uns quantos grãos que ainda não estão devidamente moídos, mas logo que o fiquem nem se dará por eles.Tudo ficará em bem. O país, apesar de doente, quase putrefacto, voltará a ser convencido de que está de perfeita saúde - como dizia o meu avô..
Mário Motta/
Portugal Directo

terça-feira, 23 de outubro de 2007

M A R C E L L O C A E T A N O


Lisboa, 1906 - Rio de Janeiro/Brasil, 1980] Monárquico e integralista, discípulo de António Sardinha na juventude. Destaca-se na propaganda anti-republicana anterior ao 28 de Maio, na Ideia Nacional e no diário A Voz. Anima então um grupo integralista radical, muito inspirado pelo fascismo italiano, que tem a principal expressão na revista Ordem Nova, auto-proclamada de "antimoderna, antiliberal, antidemocrática, antibolchevista e antiburguesa; contra-revolucionária; reaccionária; católica; apostólica e romana; monárquica; intolerante e intransigente" (Março de 1926 a Fevereiro de 1927). Completa o curso de Direito em 1927, pela Universidade de Lisboa. Doutora-se em 1931 com a tese A Depreciação da Moeda Depois da Guerra. É um adepto fervoroso de Salazar, com quem mantém contactos desde 1929, através do seu amigo Pedro Teotónio Pereira. Caetano é um dos integralistas que Salazar usa para a edificação do Estado Novo e que apoiam a sua ascensão. Professor na Faculdade de Direito, dedica-se desde 1933 ao Direito Constitucional e Administrativo. Apoia Salazar na redacção da Constituição de 1933 e é o principal autor do Código Administrativo, que é aprovado em 1936. Publica então os manuais de Direito Constitucional e Administrativo que formam várias gerações de juristas. Ajuda a erguer o aparelho político do Estado Novo e a consolidar o poder pessoal de Salazar nos anos trinta. É, juntamente com Pedro Teotónio Pereira, um dos principais teóricos e defensores do corporativismo, mas, tal como ele, não consegue que Salazar aceite um avanço tão rápido ou extensivo da organização corporativa como desejaria. Integra a Junta Consultiva da União Nacional desde 1932, mas a Universidade continua a ser a sua principal actividade. Nos anos trinta publica as suas mais importantes obras no campo do direito. Com a guerra, Caetano assume a direcção da Mocidade Portuguesa (1940-44). Altera a sua anterior orientação e mostra então que o jovem integralista e admirador da Itália de Mussolini tinha evoluído muito. Sob a direcção de Marcelo Caetano, a Mocidade Portuguesa passa a ser uma instituição sobretudo cívico-política e de ocupação dos tempos livres, atenuando-se as características de organização paramilitar da juventude, segundo o modelo italiano. É então classificado pela Embaixada Inglesa em Lisboa como um "amigo dos Aliados" e encarado como um dos defensores de uma maior abertura do regime. Com a remodelação de 1944, Marcelo Caetano entra pela primeira vez para o Governo como ministro das Colónias (1944-47). Conduz o processo da passagem para o Estado da gestão do corredor da Beira e normaliza as relações com a Rodésia e África do Sul. Defende a descentralização e a maior autonomia administrativa das colónias, introduzindo alterações nesse sentido nos documentos básicos. Desta gestão da pasta das Colónias ficou um conjunto de significativos livros sobre assuntos africanos, de que indicamos os principais. Abandona o executivo para assumir a responsabilidade da União Nacional (1947-49), confiado de que seria possível aumentar o seu protagonismo e revitalizá-la, transformando-a num organismo político actuante. É uma esperança vã. Em 1949, Marcelo Caetano surge como uma das principais figuras do Estado Novo, eventual sucessor de Salazar e cabeça de um grupo próprio, que se afasta do pensamento básico de Oliveira Salazar em aspectos significativos. À sua volta organizam-se os quadros civis mais jovens, dinâmicos e competentes do Estado Novo, partidários de um crescimento económico rápido, de uma modernização do aparelho administrativo, de uma adaptação ao novo sistema internacional e de um maior dinamismo político interno, acompanhado de uma abertura controlada. Os pequenos incidentes e choques entre Salazar e Caetano são frequentes, mas atenuam-se em larga medida quando o último deixa de tentar forçar a restauração da monarquia, chegando mesmo a contrariar a tentativa dos monárquicos da União Nacional nesse sentido, em 1951. Em 1949, Marcelo Caetano é nomeado Presidente da Câmara Corporativa, um lugar de aparente responsabilidade, mas sem poder real. A sua influência num amplo sector de quadros do regime aumenta com as mudanças da sociedade portuguesa depois da adesão à NATO. Caetano passa a ser encarado como a principal cabeça da ala mais liberalizante do regime, por oposição ao grupo mais conservador, que surge agrupado nesta fase à volta do Ministro da Defesa Santos Costa. Salazar consagra esta situação, chamando-o pela segunda vez para o Governo em 1955, como Ministro da Presidência (1955-5. Marcelo Caetano abandona o executivo depois da crise da campanha de Humberto Delgado, em 1958. A razão da decisão de Salazar parece ter sido a necessidade de afastar Santos Costa para restabelecer a confiança e o apoio da alta hierarquia militar, o que obrigava a afastar simultaneamente Marcelo Caetano, de modo a manter o equilíbrio entre as duas principais alas do regime. Caetano regressa à Universidade de Lisboa como reitor, cargo que mantém até 1962. Reforça então a sua imagem liberalizante, especialmente quando se demite durante a crise académica de 1962, por não concordar com a forma como as forças policiais intervêm na Universidade. Não exerce mais nenhum cargo de responsabilidade política até 1968, aproveitando esses anos nomeadamente para rever e actualizar as suas principais obras de direito, que se tinham tornado manual obrigatório nas Faculdades portuguesas. Com o acidente de Salazar, em 1968, Marcelo Caetano é chamado a chefiar o Governo, mas com a condição de não pôr em causa a política africana, o que aceita. Sobe ao poder numa condição muito diferente de Salazar. Foi chamado pelo Presidente, não controla amplos sectores das forças policiais e militares, e são-lhe impostas à partida limitações às reformas possíveis. Os seis anos do seu governo são marcados por uma liberalização inicial, que rapidamente encontra os seus limites estreitos a partir do momento em que as forças da oposição legal começam a colocar em causa a política africana. Sem a rever, a liberalização interna não pode avançar e não é possível obter o apoio dos amplos sectores da classe média, que cresceram nos anos 60 com o desenvolvimento económico rápido. Os últimos anos do Estado Novo são acompanhados de uma paralisação e inversão da liberalização esboçada. Marcelo Caetano parece ter tomado consciência nos últimos tempos de que se caminhava para um desastre e tenta mesmo alterar aspectos essenciais da política africana, em parte forçado pela evolução da situação. É muito pouco e muito tarde. Com o 25 de Abril, Marcelo Caetano parte para o Brasil, onde dirige o Instituto de Direito Comparado na Universidade Gama Filho (1974-1980). Aproveita estes anos para completar alguns dos seus estudos históricos e, sobretudo, para escrever as memórias e reflexões sobre o 25 de Abril. Deixou uma obra abundante e muito variada, com centenas de títulos em várias línguas, de que só indicamos os principais.

BIBLIOGRAFIA ACTIVA de MARCELO CAETANO

A Depreciação da Moeda Depois da Guerra, 1931 A Obra Financeira de Salazar, 1934 A Codificação Administrativa em Portugal, 1935 Lições de Direito Corporativo, 1935 O Município no Estado Novo, 1937 Manual de Direito Administrativo, 1937 O Sistema Corporativo, 1938 Lições de Direito Penal, 1939 Estatuto dos Funcionários Civis, 1939 História do Direito Português, 1941 Do Conselho Ultramarino ao Conselho do Império, 1943 Antologia Colonial Portuguesa, 1946 Portugal e o Direito Colonial Internacional, 1946 As Campanhas de Moçambique de 1895, 1947 Tradições, Princípios e Métodos da Colonização Portuguesa, 1951 Ciência Política e Direito Constitucional, 1955 Breve História das Constituições Portuguesas, 1955 Portugal e a Internacionalização dos Problemas Africanos, 1971 Discursos, 1973 A Verdade Sobre o 25 de Abril, 1976 Minhas Memórias de Salazar, 1977

(in Dicionário Cronológico de Autores Portugueses, Vol. IV, Lisboa, 1997)


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Saudoso do Passado


Vatican Roma


From: guest0112be, 1 day ago





frumos si interesant


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domingo, 21 de outubro de 2007

PORTUGAL ENTORPECIDO - PORTUGUESES ADORMECIDOS.







A seguir vou inserir neste ESPAÇO POST que enviei para "O OBREIRO DA PÁTRIA" focando o TEMA em Título. Acho não ser de mais repetí-lo.
Espero todos ponham a mão na consciência e comecem a tomar atitudes para que não seja tarde de mais quando pensarem fazê-lo.














"CAROS AMIGOS:

Apesar de minha ausência quero aqui concitar todos a que continuem. Como sabem ou presumem não vivo em PORTUGAL. Assim não se torna fácil a minha participação efectiva. Por motivos que achei válidos me tenho abstido de participar. Não se trata de desertar ou "debandar" mas de achar que o apoio à CAUSA não está merecendo a repercussão que merecia. Mesmo assim aceito as restricções impostas, por quem quer que seja, devido aos mais diferentes motivos incluindo SOBREVIVÊNCIA. "Não estou vencido pelo cansaço" mas acho que vocês todos aí têm que tomar as RÉDEAS. Mais que ninguém estão prejudicando o futuro de vossos filhos ou netos.
Como sabem, embora não seja retornado, por que não voltei, sou um REFUGIADO "POLÍTICO". Em vários espaços cibernéticos já fui aconselhado a parar de me queixar e a ESQUECER o passado.
Certamente que "PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É COLÍRIO NOS MEUS". Todos esses não arrostaram com a tragédia e consequências nefastas da "DESCOLONIZAÇÃO EXEMPLAR".
Ademais, espero morrer longe de minha PÁTRIA que amo e ser cremado naquela que me acolhei me evitando a pecha e o opróbrio de "RETORNADO" incómodo. Peço perdão pelas minhas palavras.
Agradeço ao Sr. Pedro Humberto ter-se lembrado de minha humilde pessoa. Bem haja!
Continuarei, ainda que o mais silenciosamente possível, a perfilhar as mesmas opiniões e anseios.
Espero que os PORTUGUESES de Portugal dêem um "SAFANÃO" a esses governantes que aí continuam desde o 25 de Abril, se sucedendo ano após ano, no PODER, eleitos pelo POVO PORTUGUÊS.
Espero que esta minha 2ª mensagem seja publicada em respeito ao direito de expressão de todos nós.
Quero augurar ao SR. JOÃO GOMES muito successo na ingente e árdua tarefa que assumiu. Não será fácil congregar os "acomodados" portugueses, além de que nem sequer se procura uma ALTERNATIVA POLÍTICA a quem se entregue os destinos de Portugal. Urge fazê-lo com a maior celeridade possível, pois que a demorar um pouco que seja SERÁ TARDE DE MAIS.

À MEMÓRIA DE SALAZAR! À MEMÓRIA DO ESTADO NOVO! VIVA PORTUGAL DE HEROIS E SANTOS!"



sábado, 20 de outubro de 2007

BRASIL - INQUÉRITO SOBRE MENSALÃO PROVA DEMOCRACIA.


O procurador-geral da República do Brasil (PGR), Antonio Fernando de Souza, que chegou nesta sexta-feira a Lisboa para encontros com o seu homólogo português, disse à Agência Lusa que o inquérito sobre o caso do mensalão está na linha da evolução democrática brasileira.


O inquérito em que foram investigados fatos relacionados com desvios de recursos públicos e de conduta de parlamentares está na linha da evolução democrática do Brasil.
A expectativa do Ministério Público é de que se reconheça a presença dos requisitos necessários à condenação e que ela ocorra", afirmou Antonio Fernando de Souza à Lusa na quinta-feira, antes de embarcar para Portugal.
Todos os 40 acusados pelo PGR de envolvimento no mensalão vão responder a processos por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os acusados que responderão a processo por associação criminosa estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, antigo homem forte do governo de Lula, o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, deputado José Genoíno, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o ex-secretário-geral do partidoSílvio Pereira. Dirceu, Genoíno e Delúbio também são acusados pelo crime de corrupção ativa.

"É um novo tempo no Brasil. As instituições brasileiras estão todas funcionando - o Ministério Público, o Poder Judiciário e o próprio Parlamento, que criou uma Comissão de Inquérito para investigar as denúncias", assinalou Souza.
"Espero que este novo tempo persista, mas não com o aparecimento de novos eventos deste tipo, e sim com a conscientização para que eles não ocorram mais", acrescentou.


Lusa Brasil LER NOTÍCIA COMPLETA.


S. PAULO - BRASIL - HAJA PRESÍDIOS.


O governo de São Paulo anuncia que vai construir 44 presídios até 2010. Eles receberão 30 mil detentos a se manter a média de 6 mil presos por ano ingressando no sistema penitenciário paulista. Quando estiverem concluídos, São Paulo totalizará 189 prisões, com mais vagas do que todos os outros Estados somados.

Os presidiários serão quase todos pretos, pobres ou quase pretos de tão pobres, confirmando que o Haiti, um dos países mais miseráveis do mundo, é mesmo aqui. É a maneira de a sociedade se proteger dos ladrões de Rolex de 50 mil reais.
Faz todo o sentido São Paulo ter tamanha quantidade de presídios. É lá que está a maior parte do dinheiro no Brasil e onde a desigualdade brasileira, ao nível de Haiti e dos mais pobres países africanos, se expressa com todo o seu esplendor.
Andar por certas áreas de São Paulo chega ser ofensivo. Calçadas com tapetes, carros importados, grifes sofisticadas e restaurantes que cobram por uma refeição o que um trabalhador levaria vários meses para acumular.
Quando perde alguns de seus pertences, a parcela mais rica grita pelo capitão Nascimento, que vem sendo aplaudido nas salas de cinema.
Aos mais pobres, a lei e os presídios. Em certos casos, às favas com os direitos civis, a julgar pela aprovação aos métodos do Bope, personagem do pirateado Tropa de Elite. Nas ruas das grandes cidades, cada vez mais polícia para tomar conta da desigualdade.
Nas frequentes blitz, motoristas negros são parados por policiais também negros numa espiral irônica em que pobres tomam conta de pobres enquanto a minoria mantém a mais cruel concentração de renda. Políticas distributivas são atacadas como demagógicas e populistas, e sua continuidade é ameaçada pelo conservadorismo político.

O Brasil continua sob o capitalismo selvagem, sem desfrutar das reformas que o civilizaram. Essa é a estreiteza das elites, tão minoritárias e egoístas. É essa a insustentabilidade do modelo brasileiro. Não tem crescimento de 5 por cento ao ano que reduza as tensões geradas pela desigualdade e concentração de renda.
Um estudo de 2006 da New Economic Foundation, da Grã Bretanha, dizia que com o rtimo de crescimento de pouco mais de 2 por cento ao ano, o Brasil levaria 304 anos para atingir o mesmo nível de distribuição de renda dos países ricos. Podemos considerar que com o dobro do crescimento, levaríamos um século e meio. O crescimento da economia é fundamental, sim, para atacar esses problemas, mas é preciso mais.
Na Noruega, a diferença entre os 10 por cento mais ricos e os 10 por cento mais pobres é de apenas seis vezes. No Brasil, é de 57 vezes. A fatia de renda do 1 por cento mais rico é a mesma dos 50 por cento mais pobres, diz estudo do Ipea de 2006.
O insuspeito Banco Mundial afirma que a pobreza retarda o crescimento e defende a redistribuição de renda em países como o Brasil.
Enquanto a pobreza não for vencida por políticas públicas, entre elas a educação de qualidade universalizada e o acesso ao mercado de trabalho ampliado, não haverá sossego nas grandes cidades, nem presídios que dêem conta da explosão social.

Mair Pena Neto/Direto da Redação


sexta-feira, 19 de outubro de 2007

ÁFRICA : INVESTIMENTO DA CHINA É ALERTA PARA O BRASIL.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou nesta quinta-feira sua visita de quatro dias à África dizendo que a onda de investimentos de países como a China no continente é "um alerta" para que o Brasil ocupe um espaço que, em princípio, deveria ser seu.


De acordo com o presidente, a distância do Oceano Atlântico, que separa o Brasil do continente, não deve ser obstáculo para uma presença brasileira mais forte na região. Segundo Lula, "não é apenas o dinheiro que conta" nessa questão."A afinidade histórica do Brasil com Angola não permite que o Brasil fique feliz de ver que outros países estão entrando em Angola quando o Brasil poderia ter uma participação muito mais forte", disse o presidente, em Luanda, pouco antes de embarcar para retornar a Brasília.Lula argumentou ainda que uma parceria com o Brasil também seria mais vantajosa do ponto de vista dos africanos."Muitas vezes, os chineses fazem investimento na perspectiva de extrair matéria-prima para o seu país", disse. "Nós não fazemos isso, nós empregamos dinheiro para desenvolver o país."


"SEDE DE BRASIL"


Para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, "na África, existe hoje uma sede de Brasil".Segundo Amorim, produtos brasileiros poderiam substituir com competitividade produtos similares importados de outros mercados pelos países africanos.O ministro admitiu, porém, que o problema para isso se concretizar é a questão do transporte, já que não existem hoje vôos ligando o Brasil diretamente a países da África.Amorim citou, porém, que existem planos para abertura de uma linha ao Senegal, pela companhia BRA, e para a Nigéria e Angola, pela Ocean Air.


LEIA NOTÍCIA COMPLETA.

POBREZA EM PORTUGAL ENVERGONHA CAVACO E SILVA


SERÁ QUE O SR. PRESIDENTE DA REPÚBLICA CAVACO E SILVA ESTÁ ENVERGONHADO

COM A POBREZA EM PORTUGAL? E CONDOÍDO COM OS QUE A SUPORTAM?


NÃO SERIA MELHOR QUE TOMASSE MEDIDAS DRÁSTICAS PARA RESOLVER ESTE E OUTROS PROBLEMAS?


" O Presidente da República afirmou hoje que os últimos números sobre a pobreza, que colocaram Portugal entre os mais pobres da União Europeia, são motivo de vergonha e defendeu que sozinho, o Estado não consegue melhorar a situação...
«Envergonho-me um pouco desta posição», afirmou Cavaco Silva na inauguração do Banco de Bens Doados, na Quinta do Cabrinha, uma nova instituição de apoio social, referindo-se à posição de Portugal na lista dos «10 países em maior risco de pobreza» na União Europeia e ao nível de «desigualdade na distribuição de rendimentos» referidos nos últimos números do Instituto Nacional de Estatística (INE).«Estou convencido que o Estado só por si não consegue resolver estes problemas», acrescentou o chefe de Estado, afirmando que é preciso que «os cidadãos se organizem, trazendo ao de cima a sua consciência social» para combater a pobreza...


O combate ao abandono escolar e a promoção do emprego para criar condições que permitam fugir à pobreza são também partes da solução apontadas por Cavaco Silva, que falava aos jornalistas quando foi confrontado com um protesto inusitado de um duo de humoristas.Enquanto o Presidente falava aos jornalistas, um burburinho entre os jovens do bairro da Quinta do Cabrinha foi crescendo até se tornar ensurdecedor, ajudado pelo megafone e pela guitarra dos «Homens na luta», do programa «Vai Tudo Abaixo!», da SIC Radical."




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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

ANGOLA - LULA DA SILVA EXORTA ANGOLANOS A NÃO DESPERDIÇAREM OPORTUNIDADES


O Presidente do Brasil exortou hoje, em Luanda, os angolanos a não desperdiçarem a oportunidade de transformar Angola na maior potência económica e social de África, disponibilizando o apoio brasileiro para essa caminhada.


"Não joguem fora a oportunidade de transformar Angola no maior país do ponto de vista económico e social da África", salientou Luiz Inácio Lula da Silva, ao dirigir-se aos deputados angolanos durante uma sessão parlamentar extraordinária para saudar a visita do presidente brasileiro a Angola.

Como incentivo, Lula da Silva manifestou o empenhamento do Brasil em ajudar Angola "a vencer esse desafio", lembrando que "Angola e o Brasil estão a consolidar a democracia e a fortalecer as suas instituições políticas e económicas". Na sua intervenção, o estadista brasileiro considerou "visível" o crescimento do emprego e do rendimento, com impacto directo na superação da pobreza e da desigualdade.

"Em Angola, tal como no Brasil estamos a assegurar a participação de todos nas conquistas económicas e sociais do país", afirmou. Lula da Silva disse ainda que os dois países estão também determinados a "forjar" uma parceria que traduzirá a "rica" cooperação bilateral, em "ganhos ainda maiores" para os cidadãos. "A África está em pleno ressurgimento e está determinada a traçar o seu próprio destino, dá prova de maturidade e determinação para superar décadas de conflito agravadas pela herança colonial", frisou.

"Angola sabe que esses esforços não fortificarão sem paz e segurança", referiu Lula da Silva, acrescentando que, "por isso, Angola está na vanguarda das iniciativas regionais para pacificar as tensões sociais, políticas e étnicas" que atrasaram o progresso do continente. Por seu lado, o presidente da Assembleia Nacional de Angola, João Lourenço, destacou as relações de amizade e de cooperação existentes entre o Brasil e Angola que considerou um "bom exemplo" no relacionamento Sul-Sul a seguir por outros países menos desenvolvidos.

Relativamente à Assembleia Nacional, o líder parlamentar disse que, "nos momentos mais trágicos do conflito armado o parlamento angolano foi sempre o reflexo e espírito de perdão e tolerância política, característica do povo angolano". "Hoje em situação de paz, independentemente das nossas diferenças, trabalhamos todos junto em prol da paz, democracia, do desenvolvimento social e económico do país, do bem-estar dos cidadãos e da prosperidade de Angola", salientou.


quarta-feira, 17 de outubro de 2007

PORTUGAL - SÓ A LITUÂNIA E A POLÓNIA NOS GANHAM EM POBREZA

"Já somos os terceiros mais pobres de toda a Europa!Mais pobres até do que os imigrantes que nos procuram!Só a Lituânia e a Polónia nos ganham em pobreza"

É um número que envergonha o País: de acordo com dados ontem divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população residente em situação de risco de pobreza era de 19% em 2005, ou seja, cerca de dois milhões dos residentes em Portugal eram pobres ou em vias de se tornarem pobres. Segundo o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, realizado em 2005, um quinto da população residente vivia em risco de pobreza. Este valor correspondia à proporção dos habitantes com rendimentos anuais por adulto inferiores a 4321 euros no ano anterior (cerca de 360 euros por mês), explica o INE, após as transferências sociais.Os idosos com mais de 65 anos e os menores de 16 anos registavam as taxas de pobreza relativa mais elevadas: 28 e 23%o, respectivamente.Em comparação com outros países europeus, a taxa de risco de pobreza apenas era superior na Lituânia e Polónia, com 21% da população em risco.in CM

IN:http://www.joaotilly.weblog.com.pt/

ERNESTO "CHE" GUEVARA - O MITO MACABRO

Uma figura transformada em santo pela eficiente máquina de propaganda marxista é o que o Senado Federal Brasileiro, em detrimento dos verdadeiros heróis, vai homenagear.

"Não sou Cristo nem filantropo; sou todo o contrário de Cristo”
“Che” Guevara em carta familiar.


No próximo dia 23 de outubro, em sessão especial, o Senado Federal vai prestar homenagem à memória do mitológico Ernesto “Che” Guevara. Como se sabe, há 40 anos o “Che”, tentando levantar uma revolução comunista nas selvas da Bolívia, foi capturado por pequena tropa comandada pelo capitão Gary Prado, do Exército boliviano e logo depois executado pelo tenente Mario Téran - não sem antes implorar pela vida: “Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto”.
O requerimento para a estranha celebração política é de autoria do obscuro senador José Nery (PSOL-PA) - que responsabilizou o “imperialismo ianque” pela morte do aventureiro mas cuja desgraça, sabe-se, foi urdida pela vontade de Moscou, Fidel Castro e o PC boliviano – e tem a aprovação de outro político esquerdista, Tião Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado.


Como registrei no meu livro “Politicamente Corretíssimos” (Toopbooks, Rio, 2003), o mito Guevara não corresponde nem de longe à realidade dos fatos. Salvo pela “revolução cubana” – efetivada, em parte, pela inação dos Estados Unidos que abandonaram o sargento Fulgêncio Batista e no início ajudaram Fidel Castro nas escaramuças de Sierra Maestra - a vida do cruel revolucionário foi um completo fracasso: na órbita familiar, no amor, à frente de ministério e banco, como comandante, “diplomata” e guerrilheiro, para não falar no “ideólogo do foquismo” - sua trajetória humana e social tributa larga soma de erros e equívocos que nem mesmo os biógrafos mais entusiastas (entre eles, Jon Lee Anderson) conseguem dissimular.

POR : Ipojuca Pontes LER ASSUNTO INTEGRAL no Endereço abaixo

http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=6115&language=pt
www.midiasemmascara.org

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

CHINA AFASTA HIPÓTESE DEMOCRÁTICA


Na abertura do 17º congresso do partido comunista, o porta-voz do partido afirmou que a China nunca será uma democracia ao estilo ocidental.


Li Dongshengh diz que o país tem de perseguir a reforma política, que acompanhe as mudanças económica que transformaram a China.O congresso dura apenas uma semana, mas marca os destinos do país mais populoso do mundo para os próximos 5 anos.O Presidente Hu Jintao deverá confirmar o seu segundo e último mandato à frente dos destinos daquela formação política e deverá anunciar políticas dirigidas á distribuição da riqueza gerada pelo crescimento económico na sociedade chinesa.Sucessor de Hu Jintao.


De acordo com o correspondente da BBC em Beijing, Daniel Griffiths, garante que já está a ser preparado o sucessor do actual presidente, que tomaria posse em 2012.“A China acredita que é importante planear ordeiramente a sucessão do líder e é por essa razão que este congresso pode ser interessante. É muito provável que Hu Jintao vá escolher o seu sucessor nesta reunião.”“O nomeado vai acompanhar de perto as acções do governo e a China terá 5 anos para se habituar ao homem que vai tomar posse em 2012”, disse o correspondente da BBC em Beijing.

Até ao momento não há qualquer indicação de quem poderá ser o sucessor do actual líder.Dois nomes são muitas vezes mencionados: Li Keqiang e Li Yuanchao, dois líderes regionais do partido.Por esse motivo, se tudo correr conforme está planeado, este congresso pode decidir a liderança da China para os próximos 15 anos.

BBC Fonte :http://pagina-um.blogspot.com/2007/10/china-afasta-hiptese-democrtica.html

ARMADA AMERICANA VAI PATRULHAR ÁGUAS AFRICANAS


Os comandantes da VI Esquadra norte-americana, vice-almirante John Stufflebeem, e da Área Atlântica da Guarda Costeira, vice-almirante Brian Peterman, encontram-se actualmente de visita a seis países da África Ocidental, a fim de garantirem os interesses estratégicos de Washington.

Em Dacar, capital do Senegal, ponto de grande interesse para o comércio entre as duas margens do Atlântico, Stufflebeem confirmou ontem à Reuters que os Estados Unidos se encontram interessados na região “sob uma perspectiva de segurança”, nomeadamente tendo em conta todo o petróleo que possam obter da Nigéria, da Guiné Equatorial e da Guiné.

À frente de uma missão conjunta da Armada e da Guarda Costeira, os dois vice-almirantes começaram na Mauritânia e no Senegal uma viagem estratégica que os levará de seguida ao Benim, ao Togo, São Tomé e Príncipe e ao Gabão. Para confirmarem que a América pretende fortalecer a sua presença naval ao longo da África Ocidental, de modo a combater o terrorismo, a emigração ilegal, o tráfico de drogas (bem patente em países como a Guiné-Bissau) e a escassez de petróleo.

Todo o Golfo da Guiné, desde as águas nigerianas às angolanas, é considerado de primordial importância para que o mercado norte-americano não fique tão dependente dos recursos energéticos do Médio Oriente. Só Angola tem reservas petrolíferas calculadas em perto de 10.000 milhões de barris e de gás natural avaliadas em quase 80.000 milhões de metros cúbicos. E as da Nigéria, o mais populoso dos países africanos, ainda são superiores.

Por isso mesmo é que em Outubro deste ano os Estados Unidos vão lançar um Comando África, a funcionar provisoriamente na Alemanha e que em 2008 deverá transitar para o continente alvo de todo este interesse. A localização do quartel-general tem vindo a ser debatida pela Pentágono com os dirigentes de países tais como o Senegal e a Nigéria, entre outros.Uma das estações de radar que Washington decidiu instalar em solo africano está a ser construída em São Tomé e Príncipe, arquipélago de considerável valor estratégico e em relação ao qual os Estados Unidos têm vindo a revelar um interesse crescente...


Jorge Heitor/Público


sábado, 13 de outubro de 2007

AL GORE E GRUPO DA ONU GANHAM PRÉMIO NOBEL DA PAZ


OSLO - O ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da ONU, e seu presidente, o indiano Rajendra Pachauri, são os vencedores do Prêmio Nobel da Paz 2007, anunciou o Comitê Norueguês do Nobel nesta sexta-feira, 12.

Conheça os vencedores do Prêmio Nobel 2007
Nobel da Paz cita papel do Brasil na luta contra aquecimento
Casa Branca diz que está 'feliz' por Nobel da Paz

Em sua argumentação, o Comitê Nobel destacou os esforços dos vencedores por "construir e divulgar um maior conhecimento sobre a mudança climática causado pelo homem e por fixar a base das medidas que são necessárias para resistir a essa mudança".

Gore, de 59 anos, recebeu o Oscar de melhor documentário por Uma Verdade Inconveniente, enquanto o IPCC é a principal autoridade mundial sobre o aquecimento global.

Em declarações depois de saber o resultado, o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, disse estar "estupefato" pela decisão.

A uma pequena multidão de colegas e jornalistas que se reuniram na porta de seu escritório em Nova Deli, Pachauri disse esperar que o prêmio sirva de alerta para a necessidade de urgência na luta contra o aquecimento global.

O anúncio não surpreendeu, já que Gore e o IPCC figuravam entre os favoritos. No ano passado, o Comitê Nobel também distinguiu o trabalho de uma pessoa e um organismo - o bengalês Mohammad Yunus, conhecido como o "banqueiro dos pobres", e seu banco, o Grameen Bank.
O Comitê Nobel quis destacar os esforços dos vencedores na luta contra a mudança climática como um dos fatores que podem ameaçar "as condições de vida de grande parte da humanidade", pois originariam, entre outras coisas, "migrações em grande escala, uma maior concorrência pelos recursos naturais e conflitos violentos entre países".

Segundo analistas, a decisão mostra uma tendência continuada do Prêmio Nobel em redefinir as fontes potenciais de conflito e ameaça à paz global.

Com os relatórios emitidos durante as últimas duas décadas, o IPCC criou um "consenso amplo sobre a conexão entre a ação do homem e o aquecimento global".


Al Gore

Já Gore, segundo destacou o Comitê, foi um dos principais políticos meio-ambientalistas.

"Seu grande compromisso, refletido em sua atividade política, suas conferências, seus filmes e seus livros reforçaram a luta contra a mudança climática. É provavelmente a pessoa que a título individual fez mais para criar uma consciência mundial sobre as medidas que devem ser adotadas", ressaltou o Comitê em seu comunicado.

Com este prêmio, o Comitê Nobel quis não só chamar a atenção sobre o problema, mas pedir ativamente que se tomem medidas urgentes "antes que a mudança climática escape do controle do homem". O Prêmio de US$ 1,5 milhão dado ao vencedor será entregue junto com os outros prêmios no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de seu fundador, Alfred Nobel.

Falando em Washington, Gore elogiou o IPCC, cujos "membros trabalharam incansavelmente por muitos anos".

"Nós enfrentamos uma verdadeira emergência planetária", alertou Gore. "É um desafio moral e espiritual para toda a humanidade."

Segundo a Reuters, o ex-presidente americano irá doar sua parte do prêmio, de US$ 1,5 milhões, à Aliança pela Proteção do Clima.


sexta-feira, 12 de outubro de 2007

MORRE O ATOR PAULO AUTRAN, AOS 85 ANOS


Morreu às 16h de hoje, aos 85 anos, em São Paulo, o ator Paulo Autran. Ele estava internado desde a tarde de ontem no Hospital Sírio Libanês. Paulo Autran sofria de câncer de pulmão e enfisema pulmonar há cerca de um ano, e já havia sido internado recentemente em diversas ocasiões, a última ocorrida no sábado passado (5), com alta recebida na terça-feira (9). Há poucos meses, o ator passou mal durante apresentação do espetáculo "O Avarento", sua 90ª peça, e foi internado com suspeitas de problemas cardíacos.

Paulo Autran (1922 - 2007)Paulo Autran nasceu no Rio de Janeiro em 1922, e mudou-se ainda jovem para São Paulo, onde formou-se em Direito na Faculdade do Largo São Francisco, em 1945. Nessa época, passou a participar de peças amadoras, dando início a uma das mais expressivas carreiras de artes cênicas do Brasil.

A estréia como ator ocorreu em 1949, no TBC (São Paulo), na peça "Um Deus Dormiu Lá em Casa", em que contracenou com a atriz Tonia Carrero, uma de suas melhores amigas. Desde então, Paulo Autran participou de outras 89 peças, entre elas "Otelo", "Antígone", "My Fair Lady" e "Visitando o Sr. Green", sendo a última delas "O Avarento", texto de Molière escrito em 1668.

Além do teatro, a carreira de Paulo Autran também teve grandes momentos no cinema e na televisão. Entre eles, destaca-se sua interpretação do político Porfírio Diaz no filme "Terra em Transe" (1967), marco do cinema nacional do diretor Gláuber Rocha, e a participação em "Destino em Apuros" (1953), primeiro filme colorido produzido no Brasil. Na televisão, Autran participou de novelas como "Pai Herói" (1979), "Sassaricando" (1987) e "Guerra dos Sexos" (1983), além de minisséries, como "Hilda Furacão" (1998).



quinta-feira, 11 de outubro de 2007

EDUARDO DOS SANTOS PEDE A CUBA ENVIO DE MILITARES PARA ANGOLA


Razão? Clima de insegurança que paira no país. Será Miala o “culpado”, tal como em Maio de 1977 “foi” Nito Alves?

O presidente angolano solicitou, na sua mais recente visita a Cuba, a ajuda das autoridades daquele país no sentido de enviarem tropas para Angola devido ao clima de insegurança que paira sobre o território nacional desde a altura da exoneração, e consequente detenção do antigo director dos Serviços de Inteligência Externa (SIE), Fernando Garcia Miala e seus adjuntos que há cerca de um mês se encontram a cumprir uma pena de quatro anos de prisão na Unidade Penitenciária de Viana (UPV) por terem cometido o crime de desobediência, segundo as autoridades. Por Jorge Eurico O pedido de Eduardo dos Santos, segundo fonte do Notícias Lusófonas em Luanda, terá tido o assentimento das autoridades cubanas que, desta forma, poderão enviar, com a maior discrição possível, tropas cubanas para Angola nos próximos meses.

O envio de tropas de Fidel Castro para Angola poderá acontecer numa altura em que se estuda em Luanda a hipótese de extinguir o Serviço de Informações (Sinfo), um organismo em que, de acordo com a nossa fonte, o grau de descontentamento e de desconfiança elevou-se desde que, em Fevereiro de 2006, Fernando Garcia Miala e pares caíram em desgraça. Recorde-se que o presidente angolano efectuou uma visita de três dias a Cuba durante os quais manteve encontros com o vice-presidente do Conselho de Estado e de Governo de Cuba, o general Raul Castro Ruz, bem como com o próprio Fidel Castro que se encontra a convalescer. Durante a visita, delegações ministeriais e de peritos dos dois Estados trabalharam na preparação dos acordos e protocolos de entendimentos a serem rubricados. Integraram a comitiva presidencial, os ministros da Relações Exteriores, João Bernardo de Miranda, da Energia e Águas, Botelho de Vasconcelos, das Obras Públicas, Higino Carneiro, da Saúde, Rubem Sikato, da Educação, António Burity da Silva, e o embaixador de Angola em Cuba, José Condessa de Carvalho "Toka". Fizeram igualmente parte da comitiva altos funcionários da Presidência da República, o secretário de Estado para o Ensino Superior, Adão Gaspar do Nascimento, os vice-ministros da Cultura, Virgílio Coelho, Hotelaria e Turismo, Paulino Baptista, da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, e especialistas das diversas instituições do Estado angolano. Em declarações à imprensa, à sua chegada no Aeroporto Internacional "José Marti”, José Eduardo dos Santos, que se faz acompanhar da primeira dama, Ana Paula dos Santos, defendeu a revisão dos moldes de cooperação com Cuba para o bem dos dois povos, adequando-as às mudanças havidas nos últimos 20 anos.


O MARE e TU - DULCE PONTES

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

LULA ASSINARÁ PARCERIA EM ETANOL E ACORDOS EM ANGOLA


Sete acordos entre os governos de Brasil e Angola e uma parceria na área de biocombustíveis serão assinados durante a visita do presidente Lula a Luanda, capital angolana, este mês.


"O fato de Angola ser um grande produtor de petróleo não é obstáculo para a cooperação na área de biocombustíveis", disse nesta terça-feira à Agência Lusa Luciano Macieira, chefe do Departamento África 2 do Itamaraty. "Há negociações em curso para um projeto de produção de etanol na Angola e, se concluídas a tempo, pode ser anunciado um acordo já durante na visita do presidente Lula", disse o diplomata.

Na avaliação de Luciano Macieira, há mercado em Angola tanto para o petróleo quanto para os biocombustíveis, e o governo do país africano lusófono quer diversificar suas matrizes energéticas.
Macieira se negou a revelar os nomes das empresas envolvidas no negócio, limitando-se a informar que se trata de uma estatal angolana e de uma empresa privada brasileira. O desenvolvimento do setor álcool-açucareiro interessa aos angolanos não só por causa do etanol, mas também pela possibilidade de aumentar a produção de açúcar.
No ano passado, por exemplo, a Angola comprou do Brasil US$ 94 milhões em açúcar, segundo artigo mais importante na lista de exportações brasileiras para o país, depois dos automóveis.
Além da parceria em biocombustível, os acordos a serem firmados por Luanda e Brasília, durante a segunda visita do presidente brasileiro a Angola, nos dias 18 e 19 próximos, referem-se às áreas de educação, prevenção e controle da malária, formação profissional e científica, mecanismos de consultas políticas e cooperação diplomática.

INVESTIMENTOS

A Petrobras, segundo o diplomata, estará representada na delegação empresarial que acompanhará Lula com o objetivo de ampliar a sua atuação na Angola na área petrolífera. O chefe do DAF 2 adiantou à Lusa que a Eletrobrás e o governo angolano também estão avaliando um projeto hidroelétrico na bacia do rio Cunene, na fronteira com a Namíbia.
Uma possível parceria não deverá, entretanto, ser anunciada durante a próxima visita de Lula, pois os estudos de viabilidade ainda estão sendo realizados. Atualmente, mais de 30 empresas brasileiras operam em Angola, entre elas as gigantes Petrobras e Vale do Rio Doce, Odebrechet, Andrade Gutierrez e Furnas.
"Angola é o país da África onde há o maior número de empresas brasileiras", assinalou Luciano Macieira, adiantando que os investimentos do Brasil naquele país superam US$ 400 milhões.


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terça-feira, 9 de outubro de 2007

GRUPOS PARAMILITARES EXPULSAM TRAFICANTES


Grupos paramilitares expulsam traficantes de zonas onde a polícia não se arrisca a chegar. Um número crescente de grupos de milicianos armados tem espalhado tentáculos pelas favelas do Rio de Janeiro.
Estas milícias, por norma formadas por polícias, agentes de segurança reformados, bombeiros e mercenários, prometem acabar com o tráfico nas comunidades e aniquilar as guerras do narcotráfico pelo controlo do território. Por um lado, superam a inoperância da polícia; por outro, impõem taxas e mecanismos de controlo que passam pela exploração de redes de transportes ilegais ou exploração clandestina de sistemas de Internet e televisão por cabo.
A Secretaria de Estado da Segurança estima que já controlem 92 das 700 favelas do Rio de Janeiro. O prefeito da cidade chamou-lhes "grupos de autodefesa comunitários", despertando um coro de críticas.
O governador do estado, Sérgio Cabral, garante que estas milícias "vão receber o mesmo tratamento que os traficantes".
"O problema é que as milícias nascem como instrumento de defesa da comunidade, mas acabam como instrumento de controlo" sobre as mesmas comunidades, nota Zeca Borges, coordenador do gabinete Disque Denúncia.
Só em três meses, este serviço da Polícia Militar recebeu mais de 500 denúncias da acção destes grupos. "Expulsam os traficantes da área, mais instituem um novo poder paralelo, impondo regras de comportamento e cobrando taxas", sublinha.
Os serviços secretos da Secretaria de Segurança seguem os passos a 150 polícias suspeitos de integrarem milícias.
No conjunto de favelas do complexo do Alemão, no Jacarezinho, na Cidade de Deus, na Maré, Penha ou no Engenho de Dentro, os milicianos chegam a pontos inacessíveis à polícia tradicional. Ao topo dos morros, território de traficantes armados, só chegam o batalhão de Operações Policias Especiais e a Força Nacional, contingentes obrigados a actuar num cenário próximo da guerrilha urbana.
Numa primeira fase, a população acolheu os milicianos.
Num debate recente, Jailson de Souza e Silva, coordenador do Observatório das Favelas do Rio de Janeiro, avisou que os habitantes de bairros pobres estão agora reféns de outra "tirania". "A situação é gravíssima. A população está envolvida num quadro de guerra e a polícia não age para evitar conflitos", enfatizou.

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segunda-feira, 8 de outubro de 2007

AGOSTINHO NETO ASSASSINADO PELOS SOVIÉTICOS?


O mais importante é resolver os problemas do povo” - Agostinho Neto


Será que os governantes angolanos estão resolvendo os problemas do POVO?


Irene Neto - FILHA DO LÍDER TECE SUSPEITAS

Uma declaração pública sobrelevou-se a todas as outras durante as celebrações deste ano do Dia do Herói Nacional, instituído com a data do nascimento de Agostinho Neto: a filha do velho presidente, a médica Irene Neto (que ocupa um dos vice-ministérios das Relações Exteriores), admitiu, ao falar a uma estação de rádio de Luanda, a possibilidade do líder angolano ter falecido em resultado de envenenamento.


Irene Neto falou em «abundantes indícios» sugerindo que o pai, Agostinho Neto, não morreu de causas naturais. Estratagemas artificiais teriam encurtado o seu ciclo de vida.
Pela primeira vez, desde o desaparecimento de Agostinho Neto, há 28 anos, uma declaração pública evoca a possibilidade do líder revolucionário angolano ter sucumbido a uma conspiração destinada a eliminá-lo da cena política angolana, numa afirmação, além do mais, valorizada por ter partido de uma fonte simultaneamente ligada ao círculo familiar do velho presidente e aos meios institucionais angolanos.
A admissão dessa funesta possibilidade no Café da Manhã da Luanda Antena Comercial (Lac) de terça-feira não teve, entretanto, o cunho de uma declaração oficial, embora seja isso o que hoje se afigura mais necessário para a compreensão da política angolana dos últimos 30 anos: declarações oficiais do actual Governo e do partido que naquele Setembro fatídico de 1979 personificava o Estado, o MPLA, que façam luz sobre o que se passou, como uma vez perguntou Severino Carlos neste jornal, «naquela mesa de operações em Moscovo».
Agostinho Neto morreu ao submeter-se a um operação exigida por alegadas complicações no fígado detectadas em Moscovo por médicos inscritos da Academia de Ciências da antiga URSS.

Efectivamente, as autoridades instituídas com o apoio do partido de que Neto era o presidente não só evitaram o rigor nas suas «démarches» para esclarecer a morte do seu «líder incontestável», como não foram a reboque das suspeitas públicas que se levantaram e, também, não aproveitaram o alento dado ao assunto pelos escritos publicados por um velho general da espionagem soviética, KGB.
Com o seu incompreensível silêncio e sua inaceitável apatia, as autoridades angolanas transformaram a questão em mais um dos muitos tabus do Governo e das instituições estatais angolanas. Estamos, então, num processo, porque contínuo, de escamoteamento da verdade. E não de uma verdade qualquer, mas da verdade histórica, porque é ela que nos haverá de permitir ligar os pontos históricos que possibilitarão aos angolanos a obtenção das explicações para a sua existência.



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domingo, 7 de outubro de 2007

"RIR É O MELHOR REMÉDIO" - CARANGUEJOS ANGOLANOS


Um pescador de caranguejos nunca tapa o balde em que vai colocando os caranguejos que apanha.

Isto admira toda a gente à sua volta.

Alguém lhe pergunta um dia:

"Porque não tapas o balde em que tens os caranguejos? Não tens medo que fujam?

"Ao que o pescador calmamente responde:

"Não é preciso. São caranguejos angolanos: quando um tenta subir, os outros imediatamente o puxam para baixo!"

Enviado por:

O'MBAKA


AS PESSOAS ESTÃO PAGANDO MAIS PORQUE TAMBÉM GANHAM MAIS


FLORIANÓPOLIS - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 5, em Santa Catarina, acreditar que a CPMF é um imposto "justo" e que, se "as pessoas estão pagando mais, é porque estão ganhando mais".

Veja também:
Especial sobre a CPMF
Lula admite tirar licença para pedir voto a sucessor

"A CPMF é um imposto justo. Quando vocês conversarem com alguém que faça críticas à carga tributária, perguntem a eles, que imposto aumentou? Eu poderia perguntar aqui para vocês, que imposto aumentou para o jornalista brasileiro, ou para quem vive de salários. Nenhum. Na verdade, é que as pessoas estão pagando mais, porque estão ganhando mais".


Lula disse acreditar também que a prorrogação do tributo deverá ser aprovada tanto na Câmara como no Senado, e salientou que "O Brasil não pode ter medo de arrecadar mais." A afirmação foi feita após a cerimônia em que o Banco do Brasil assumiu o Banco de Santa Catarina (BESC).

Lula afirmou que não é preciso ter medo "porque o mal do Brasil é que durante muito tempo ele arrecadou menos. Então, o Brasil precisa arrecadar o justo para fazer a política social justa, que o País necessita. Por isso, estou convencido de que a Câmara e o Senado vão aprovar a CPMF." A declaração foi dada após o presidente explicar que o governo realizou uma série de desonerações e que em 2006 uma delas chegou a desonerar R$ 32 bilhões, ou seja valor equivalente à arrecadação de um ano de CPMF.

O presidente ao responder uma pergunta se o governo faria alguma desoneração após a aprovação da CPMF, afirmou: "Nós já fizemos. As pessoas esquecem com muita facilidade as coisas. Esquecem que nós fizemos R$ 32 bilhões em desoneração em 2006. Foram R$ 32 bilhões que eu poderia estar aplicando em políticas sociais. Entretanto, nós desoneramos uma CPMF.

As pessoas já esqueceram que acabamos de aprovar Lei Geral da Micro, Pequena e Média Empresa, que vai gerar um outro rito de pagamento de imposto para a micro, pequena e média empresa e vai ter uma desoneração de mais de R$ 5 bilhões. Esquecem das coisas que já aconteceu e ficam apenas discutindo as coisas que podem acontecer".

Indagado pelos jornalistas se havia chamado senadores do PMDB para aprovar a CPMF ou se estaria preocupado com a CPMF no Senado, o presidente da República disse achar que os parlamentares "vão aprovar a CPMF.


sábado, 6 de outubro de 2007

ANGOLA : JORNALISTA CONDENADO E PRESO


ANGOLA o país onde os direitos continuam sendo mínimos a despeito das intervenções de ORGANISMOS INTERNACIONAIS. A Liberdade de Imprensa não existe.


O mais importante é resolver os problemas do povo” - Agostinho Neto!!! SERÁ MESMO?




O jornalista e director do Semanário Angolense, Graça Campos, está desde quarta-feira preso na cadeia de Viana, nos arredores de Luanda, depois de ter sido condenado a oito meses de prisão efectiva em Angola por crimes de difamação e injúria contra o antigo ministro da Justiça. Paulo Tjipilica. Este, que é actualmente o provedor da Justiça, exigiu o pagamento de 250 mil dólares (176 mil euros) por "danos morais".
O juiz negou o efeito suspensivo (de transformação da pena efectiva em pena suspensa) no recurso interposto pelo advogado Paulo Rangel, ficando o jornalista obrigado a cumprir a pena de prisão.

Em causa estão dois artigos, publicados em Abril de 2001 e Março de 2004 num dos semanários privados mais procurados na capital angolana - um dos artigos criticava a gestão do Ministério da Justiça e o outro acusava o ex-ministro de ter permitido a alienação de casas a antigos proprietários (que tinham deixado o país), tendo, para esse efeito, expulsado os novos residentes. Graça Campos considerou o julgamento e a condenação "uma farsa".
"Este é um caso que nos inquieta e que escapa à regra", disse ao PÚBLICO o editor-chefe do Semanário Angolense, Severino Carlos, a propósito de o juiz ter negado o efeito suspensivo do recurso.
"A soma avultada [pedida pelo ex-ministro da Justiça como indemnização] é uma forma de atemorizar as pessoas. Nem o jornalista nem o jornal têm condições para a pagar", acrescentou, sugerindo que este é mais um sinal da limitação das liberdades sentidas em Angola.
A Associação Mãos Livres (de apoio jurídico aos cidadãos) manifestou "repulsa pela forma como se está a banalizar o sistema judicial"; critica a decisão do Tribunal Provincial de Luanda de condenar o jornalista Graça Campos pelo "exercício da liberdade de imprensa" que só é "crime" nas "ditaduras"; e, ao mesmo tempo, recorda a "decisão repugnante" tomada recentemente pelo Tribunal Supremo Militar de condenar a quatro anos de prisão o ex-chefe dos serviços secretos externos, general Fernando Miala. E conclui que ambos são "reflexo" de um Estado não democrático.
Para o jornalista Severino Carlos, estes dois casos e o motim verificado na noite de segunda-feira na Cadeia Central de Luanda, em circunstâncias pouco claras - as autoridades falam em dois mortos e fontes independentes referem uma revolta que deixou pelo menos dez mortos - são um sinal de uma certa "ebulição".


Ana Dias Cordeiro/Público. Ler notícia completa.



FOTO : Jornalista GRAÇA CAMPOS